“Está mais difícil, mas não é impossível. Ninguém atira a toalha ao chão aqui ou desiste. Lembro-me de que [na última temporada] entrámos na Luz e ficaríamos a 13 pontos [do Benfica] se perdêssemos, mas saímos de lá a sete e acabámos [a prova] a dois. Se não fosse um jogo mal perdido em casa com o Gil Vicente, com certeza que a história iria ser outra. O trabalho e o foco são os mesmos. Estamos conscientes de que as coisas estão mais difíceis, mas vamos dar luta até ao fim”, reconheceu, em conferência de imprensa.
Os ‘dragões’ tentam voltar aos triunfos, após terem perdido pela oitava vez esta época, e quarta para o campeonato, em Arouca (3-2), na última ronda, ficando a sete pontos dos líderes Benfica e Sporting, que ainda tem menos um jogo e pode alargar essa distância.
“Não tem a ver com atitude. Foi o jogo com mais alta intensidade que tivemos. A atitude, dedicação e ambição dos jogadores não mudaram nada. Agora, não entrámos da melhor forma também por mérito do Arouca e faltou-nos discernimento com bola. Isso faria com que, na perda da mesma, não sofrêssemos tanto como sofremos nas transições”, notou.
O inédito desaire com os ‘lobos’ seguiu-se ao ‘nulo’ na receção ao Rio Ave (0-0), da 20.ª ronda, e ditou a pior série de resultados na prova em 2023/24, numa altura em que o FC Porto é terceiro colocado e já perdeu 18 pontos, um acima dos 17 falhados em 2022/23.
“Sinto que posso trabalhar de forma diferente para que não aconteçam situações que nos metam em dificuldade nos jogos. Existem erros não forçados. Depois, há situações mais estratégicas que eu deveria de alertar ainda mais para não sermos surpreendidos. Daí a minha culpa. Sou o líder e assumo essa derrota em Arouca”, analisou Sérgio Conceição.
O FC Porto perdeu terreno na corrida pelo título e pelo acesso à edição 2024/25 da Liga dos Campeões, que qualificará diretamente o próximo vencedor da I Liga para a fase de grupos, enquanto o segundo vai ter de ultrapassar duas pré-eliminatórias para lá chegar.
“O Arouca fez três golos em quatro remates à baliza e foi eficaz. Foi um duelo muito bem conseguido do adversário e menos conseguido da nossa parte. Empatar e perder nunca serviu nesta casa nem servirá agora. Agora, avolumar as críticas sobre uma crise no FC Porto… Para mim, a crise é corrupção desportiva, ordenados em atraso ou violência nos estádios. Vamos lutar até ao último segundo do último jogo. Que ninguém duvide disso”, vincou, falando na vontade coletiva em “dar outra resposta” face ao Estrela da Amadora.
O central Fábio Cardoso, expulso no último encontro, e o lateral esquerdo Wendell, com uma série de cinco cartões amarelos preenchida, desfalcarão as opções defensivas, por suspensão, enquanto Gonçalo Ribeiro, Iván Marcano e Alan Varela recuperam de lesão.
“A par do Rio Ave, o Estrela da Amadora foi a equipa que se reforçou mais [na janela de transferências de inverno], sendo que alguns jogadores entraram diretamente na equipa. Dentro da dinâmica, eles não mudaram muito os princípios, mas agora têm jogadores de características diferentes e isso faz com que possam ter uma ou outra nuance diferente. Não há jogos fáceis nesta prova. Cabe-nos fazer o máximo”, finalizou Sérgio Conceição.
O FC Porto, terceiro colocado, com 45 pontos, mede forças com o Estrela da Amadora, 14.º, com 21, no sábado, a partir das 20:30, no Estádio do Dragão, no Porto, em jogo da 22.ª jornada do campeonato, sob arbitragem de Tiago Martins, da associação de Lisboa.
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