Os rumores ao longo da semana foram dando a decisão como inevitável, mas só esta sexta-feira a UEFA tornou oficial a mudança de palco da final da Liga dos Campeões, agendada para o dia 28 de maio, depois da reunião extraordinária do Comité Executivo realizada esta manhã.
O organismo que tutela o futebol a nível europeu revelou hoje que o encontro decisivo da Champions foi transferido de São Petersburgo para o Stade de France em Saint-Denis, França, em resposta à invasão militar da Ucrânia por parte da Rússia.
Em comunicado, a UEFA expressa "agradecimentos e apreço ao Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, pelo seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo de futebol europeu de maior prestígio para a França num momento de crise sem precedentes".
Na reunião de hoje foi também decidido que os clubes russos e ucranianos que ainda estão a disputar competições da UEFA, como é o caso do Spartak de Moscovo, na Liga Europa, e o Dínamo Kiev, na UEFA Youth League, serão obrigados a disputar os jogos em casa em campo neutro.
O organismo vai, através de reuniões extraordinárias, atualizar e rever as medidas aplicadas por consequência deste conflito armado. O estádio que iria acolher a final em São Petersburgo é a casa do Zenit, clube que foi ontem eliminado da Liga Europa pelo Bétis de Sevilha e recebe o nome da gigante energética russa Gazprom, um dos maiores patrocinadores da UEFA desde 2012.
O palco do encontro decisivo da principal competição europeia de clubes é assim alterado pelo terceiro ano consecutivo, depois de Lisboa e Porto terem acolhido as finais de 2019/20 e 2020/21, devido à pandemia de covid-19, em ambos os casos em detrimento de Istambul, na Turquia.
Na quinta-feira, a UEFA emitiu um comunicado sobre a situação na Ucrânia, condenando “a invasão militar russa em curso” àquele país, prometendo “a maior seriedade e urgência” na tomada de decisões relevantes para o futebol europeu.
“A UEFA partilha a preocupação significativa da comunidade internacional pela situação em desenvolvimento na Europa, condenando fortemente a invasão militar russa em curso na Ucrânia”, pode ler-se em comunicado hoje divulgado.
Assim, este organismo quer promover “o futebol de acordo com valores partilhados na Europa, como a paz e o respeito pelos direitos humanos, no espírito da Carta Olímpica”.
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