A 2ª edição do Moche XL Esports by Huawei —  evento internacional de eSports organizado pela E2Tech —, apresentada hoje, contará com os melhores jogadores nacionais e diversas figuras de renome internacional (com Windigo e GamerLegion confirmados) para disputar o troféu de CS:GO, cabeça de cartaz da competição que decorre aos pés do rio Tejo.

Com um prémio monetário de 100 mil euros, esta edição do  Moche XL Esports quer atrair a esta sala de espetáculos 20 mil adeptos dos desportos eletrónicos, que terão a oportunidade de ver e jogar Fortnite, FIFA 19, Apex Legends, Rocket League, Clash Royale, Splatoon 2 e PUBG, além dos clássicos Sensible Soccer na Sega Mega Drive, Mario Kart 64, Pinball, Sonic e outros.

À margem da cerimónia de apresentação do evento, em Lisboa, Pedro Silveira, CEO da E2Tech, recordou ao SAPO24 que “em 2007, os eSports aconteciam num formato de LAN Party de jogadores com PC’s”. Hoje, a realidade, das XL Party, é bem diferente. Para melhor.

“Não deixou de ser nem uma rave nem um bar aberto de jogos, mas são também grandes espetáculos desportivos onde há competição. Passou de nicho a mainstream, todos os jovens jogam. É uma indústria maior que a música ou o cinema”, atirou.

20 mil pessoas a verem ao vivo. 300 mil a acompanharem pelas plataformas

Alexandre Fonseca, CEO da Altice, regozijou-se com os números da primeira edição, em 2018: “50 mil visualizações únicas apenas de CS:GO”, disse à margem da apresentação.

Olhando para esta indústria com uma área de negócio a explorar, a empresa está atenta à comunidade de gammers, “que está em crescendo” e “desenvolve tecnologia” adaptada, salientou. “Tenho parca experiência enquanto gammer, poucas horas de CS:GO, e em casa sou um 'perdedor nato' no FIFA com o meu filho”, rematou.

Gonçalo Reis, presidente do Conselho de Administração da RTP, reforçou a ligação da empresa pública de media a este evento, destacando o investimento feito no ano passado com “carros colocados no exterior e 300 mil pessoas a assistir em streaming na RTP Arena”.

Um coach que ensina (Zorlak) e um jogador desde o Timex 2048 (Ric Fazeres)

Ricardo Sousa, Zorlak , como é conhecido, apresentou-se ao SAPO24 como coach de eSports, uma função que define como alguém que “explica como se joga, acompanha a equipa e analisa os adversários”.

“Explico aos adversários menos experientes que, apesar do contacto direto com o jogo, não têm com a competição real. Por isso, ensino-os a jogar. Faço o decision making”, adiantou o ex-jogador de Counter-Strike. “Isto é um género do jogo xadrez, mas nem sempre ganha o melhor estratega. Entra um tipo e dá um tiro e lá foi a estratégia”, acrescentou Zorlak, que olha para o CS:GO como a menina dos seus olhos. “É a minha praia a 200%”, alargando a prática ao FIFA com “os amigos” e partilhando o League of Legends com a esposa.

Ricardo Fazeres (Ric Fazeres), youtuber com 700 mil seguidores e um canal de videojogos, ainda não pendurou os comandos e continua a jogar. “Jogo desde os 6 anos, desde o tempo do Timex 2048”, recordou.

Fundador do XL Party recua à introdução dos videojogos em Portugal. “Na altura era uma rave de jogos onde dormíamos, de quinta a domingo, debaixo da secretária, com os nossos computadores e a mala. Hoje em dia, e ainda bem, é diferente para jogadores e para quem assiste”, sublinhou.

“É um espetáculo de eSports”, reforçou Ric Fazeres, que passa “8 a 12 horas à frente do computador” e tem no “Last of Us” o jogo preferido. “Encarno o protagonista do jogo e acabo por viver as emoções, chorar, rir...”, descreveu.

Os bilhetes para o Moche XL Esports já estão à venda no website do evento.

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