“Se estou aqui é porque estou plenamente confiante, a 100%, tal como o meu treinador. Estou pronto e impaciente pelo momento”, garantiu Bolt, escusando-se a destacar adversários e lembrando que será importante “ver quem vai manter a calma”.

O jamaicano de 30 anos, que vai competir apenas nos 100 e 4x100 metros, revelou mesmo que já imagina as manchetes do dia seguinte à final de sábado: “Usain Bolt terminou invicto numa grande competição. Foi imparável”.

“Parece-me fantástico sermos nós a decidir retirar-nos e não o desporto a mandar-nos para casa. Quer dizer que estás satisfeito com o que fizeste”, disse o atleta, a três dias de principiarem os mundiais de Londres, que duram até 13 de agosto.

Bolt era tricampeão olímpico dos 100, 200 e 4x100 metros até um colega de equipa jamaicano ter acusado doping em Pequim2008, facto que desqualificou a equipa.

“Todo o mundo me conhece e sabe que a cada nova época procuro novas motivações, penso no meu legado e em como quero ser recordado”, prosseguiu o atleta que ostenta os recordes do mundo dos 100 metros (9,58 segundos) e dos 200 metros (19,19).

Bolt sente-se “cómodo” quando se referem a ele como “lenda” e revelou que das 147 vitórias conseguidas desde 2002 a que recorda com mais carinho foi a que resultou no seu título olímpico nos 200 metros em Pequim2008.

“Nunca achei que o conseguiria e cumpri o meu sonho de ser campeão olímpico dos 200 metros. Estava tão feliz que nem sabia como celebrar”, contou.

A recordar a carreira, destacou ainda a estreia internacional pela Jamaica: “Tinha 13 ou 14 anos e estava superemocionado. Sobretudo por viajar, porque antes não tinha tido a oportunidade de o fazer muito”.

Bolt não sabe o que vai fazer no futuro, além de “viajar e inspirar os jovens”, contando-lhes a sua “experiência e motivá-los”.

Algumas figuras internacionais, como o ator Samuel L. Jackson e a modelo Cara Delevingne, enviaram-lhe, por vídeo, desejosos de boa sorte para a sua última participação em Mundiais.