É oficial. Aos 44 anos, depois de 22 de carreira e de um percurso lendário na National Football League (NFL), palco maior do futebol americano nos Estados Unidos da América e do mundo, que conta com sete conquistas do Super Bowl, cinco prémios de melhor jogador da final e três da temporada da NFL (2007, 2010 e 2017), Tom Brady, quarterback dos Tampa Bay Buccaneers desde 2020, anunciou o fim da carreira.
“Sempre acreditei que o futebol é um 'all-in' – se não houver um compromisso 100% competitivo, uma pessoa não terá sucesso, e o sucesso é o que eu amo tanto neste nosso jogo”, começou por escrever Brady na longa mensagem que divulgou esta terça-feira no Instagram. “Há um desafio físico, mental e emocional TODOS os dias que me permitiu maximizar o meu maior potencial. E eu tentei o meu melhor nestes últimos 22 anos. Não há atalhos para o sucesso no campo ou na vida", afirma.
“É difícil para mim escrever isto, mas aqui vai: não vou mais assumir este compromisso competitivo. Amei a minha carreira na NFL, e agora é hora de focar o meu tempo e energia em outras coisas que requerem a minha atenção. Refleti muito na semana passada e fiz a mim mesmo as perguntas difíceis. Estou muito orgulhoso do que conquistámos. Os meus companheiros de equipa, treinadores, colegas e fãs merecem 100% de mim, mas agora o melhor é deixar o campo para a próxima geração de atletas dedicados e comprometidos", escreveu o jogador com mais títulos que qualquer equipa da NFL.
A mensagem segue-se com uma longa lista de agradecimentos devidos ao longo de mais de duas décadas de carreira. Passando pelos colegas da atual equipa, à cidade de Tampa, à equipa técnica, fãs e família Glazer, proprietários da equipa, há um destaque inevitável para as linhas dedicadas a Gisele Bundchen (onde até houve direito a uma dedicatória em português).
"Saí sempre do campo e fui para casa com a esposa mais amorosa e solidária que fez de tudo pela nossa família para permitir que eu me concentrasse na minha carreira. O seu altruísmo permitiu-se alcançar novos patamares profissionalmente, e estou faltam-me palavras para descrever o que você [Gisele] significa para mim e para a nossa família. Te amo amor da minha vida", escreveu o ex-jogador.
“A minha carreira de jogador tem sido tão emocionante, e muito além da minha imaginação, e cheia de altos e baixos", continuou quarterback. "Enquanto estou aqui agora, no entanto, penso em todos os grandes jogadores e treinadores com quem tive o privilégio de jogar e contra – a competição foi feroz e profunda, EXATAMENTE COMO NÓS GOSTAMOS. Mas as amizades e relacionamentos são tão ferozes e profundos. Vou lembrar e valorizar essas memórias e revisitá-las com frequência. Sinto a pessoa mais sortuda do mundo”, sublinhou.
Orientado pelo técnico e mentor Bill Belichick, Brady liderou o New England Patriots durante duas décadas nas quais conquistaram seis títulos do Super Bowl. Em 2020, o quarterback deixou as cores que vestiu toda a sua carreira para se juntar aos Buccaneers, uma equipa que não chegava aos playoffs da NFL desde 2007.
Quando poucos esperavam que que regressasse ao topo, Brady levou os 'Bucs' a um novo título do Super Bowl contra o Kansas City Chiefs em 2021, aos 43 anos.
Com sete títulos e 10 presenças no Super Bowl, mais do que qualquer equipa da NFL, Brady ainda levou o Tampa Bay Buccaneers a um total de 13 vitórias e 4 derrotas na fase regular.
O sonho de Brady de um oitavo campeonato foi frustrado no domingo com uma derrota por 30-27, nos playoffs, frente aos Rams, na qual o quarterback estava prestes a realizar outra reviravolta milagrosa depois de a sua equipa estar a perder por 27 - 3 no terceiro período do jogo.
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