A comunicação foi feita antes da assembleia-geral ordinária que reprovou, pela terceira vez, o relatório e contas de 2015, que aumentou o passivo do clube em 252 mil euros, para um total de 16,54 milhões de euros.
Dos 332 associados votantes presentes no pavilhão Antoine Velge, 189 votaram contra as contas apresentadas, 110 a favor e 33 abstiveram-se numa reunião magna em que a direção e Conselho Fiscal demissionários não se fizeram representar.
O presidente da mesa da assembleia-geral (AG), Fernando Cardoso Ferreira, informou que o prazo para a apresentação de candidaturas para os órgãos sociais no triénio 2017-2020 termina a 14 de dezembro. O líder da AG mostrou-se otimista quanto ao surgimento de listas no sufrágio.
“Como todos os sócios, estou preocupado com o momento atual, mas estou certo de que não deixará de aparecer uma equipa, ou mais, para liderar os destinos do Vitória”, disse aos jornalistas presentes no final da assembleia que teve a duração de cerca de uma hora.
O assunto que mereceu mais comentários por parte dos sócios que manifestaram a sua opinião foi a ausência de representantes da direção liderada por Fernando Oliveira, do respetivo Conselho Fiscal e Disciplinar e do Conselho Vitoriano.
“Respeito a decisão da direção, mas teria preferido que se fizessem representar nem que fosse simbolicamente para mostrar que estão em funções até à tomada de posse dos novos órgãos sociais”, disse o presidente da mesa da Assembleia Geral.
Em comunicado publicado terça-feira na página oficial do Vitória de Setúbal, a direção demissionária explicou as razões pelas quais não marcou presença no pavilhão Antoine Velge.
“Entende esta direção e o seu Conselho Fiscal, que a reunião carece de fundamento e oportunidade para a sua realização, motivo pelo qual não estará nenhum dos seus elementos presente na mesa. A direção apresentou a sua demissão e entende que não deve ser objeto de discussão e votação os referidos relatórios e contas antes da realização de eleições”, referem.
Entretanto fonte da administração da SAD do emblema setubalense disse à Lusa que, apesar de demissionária, a direção continua a fazer a gestão dos assuntos relacionados com a equipa profissional.
“À data de hoje, há um atraso pontual de oito dias no pagamento dos salários. Recusamos também a ideia de que haja falta de sintonia na estrutura do clube”, afiançou.
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