De regresso às ‘suas’ datas no calendário, depois de no ano passado ter decorrido no início de maio devido à pandemia de covid-19, a ‘Algarvia’ recupera o seu tradicional formato, embora com ‘roupagens diferentes’, quer pelas ‘abordagens’ distintas das subidas ao alto da Fóia (Monchique) e do Malhão (Loulé), quer pelo contrarrelógio de 32,2 quilómetros, uma distância mais vocacionada para especialistas do que as duas dezenas de quilómetros de luta contra o cronómetro das edições anteriores.
A zona ribeirinha de Portimão acolherá, em 16 de fevereiro, a apresentação das equipas e as primeiras pedaladas da 48.ª Volta ao Algarve, que levarão os corredores a percorrer 199,1 quilómetros até Lagos, onde se espera uma disputa ao ‘sprint’.
A seleção da geral iniciar-se-á logo na segunda etapa, que começa em Albufeira e termina, depois de cumpridos 182,4 quilómetros, na Fóia, ponto mais alto do Algarve, com a meta a coincidir com um prémio de montanha de primeira categoria, onde os ciclistas chegarão após 7,1 quilómetros a subir com uma pendente média de 6,8%.
A subida final terá, contudo, uma aproximação diferente das edições anteriores: em vez da Pomba, os corredores terão de escalar a Picota, uma contagem de segunda categoria de 9,3 quilómetros, com inclinação média de 5,5%, e que dista 7,4 quilómetros do sopé da Fóia.
A terceira tirada, a mais longa da competição, arranca no Alentejo, em Almodôvar, e estende-se por 209,1 quilómetros, até Faro, cidade que já não recebia uma chegada da Volta ao Algarve desde 2008 e que deverá proporcionar o segundo embate entre ‘sprinters’ desta edição, cujo percurso foi hoje revelado pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).
Mas é à quarta etapa que os ciclistas das 25 equipas participantes encontrarão a maior novidade em relação aos anos anteriores: o contrarrelógio mais extenso desde 2013, que marca também o regresso ao percurso da corrida de Vila Real de Santo António (já não recebia uma partida de etapa desde 2009), ponto inicial do exercício que terminará em Tavira.
O sucessor do algarvio João Rodrigues (W52-FC Porto), o vencedor da edição de 2021, será encontrado no domingo, 20 de fevereiro, no final dos 173 quilómetros da quinta e última etapa, que vai ligar Lagoa e o alto do Malhão.
Num percurso ‘rompe-pernas’, assistir-se-á ao regresso da dupla escalada no Malhão, a primeira a 24 quilómetros do final e a segunda coincidindo com o final da etapa, que coroará o vencedor da 48.ª ‘Algarvia’.
Esta edição contará com 10 formações do WorldTour, entre as quais as ‘estelares’ INEOS, QuickStep Alpha Vinil, Jumbo-Visma e UAE Emirates, e cinco ProTeam, às quais se juntam as 10 equipas continentais portuguesas.
Etapas da 48.ª Volta ao Algarve:
16 fev: 1.ª etapa: Portimão — Lagos, 199,1 km
17 fev: 2.ª etapa: Albufeira — Fóia (Monchique), 182,4 km
18 fev: 3.ª etapa: Almodôvar — Faro, 209,1 km
19 fev: 4.ª etapa: Vila Real de Santo António — Tavira, 32,2 km (CRI)
20 fev: 5.ª etapa: Lagoa — Malhão (Loulé), 173 km
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