“(…) Antes do final do corrente mês de julho, uma empresa multinacional irá proceder à abertura das urnas e à contagem dos votos físicos, sendo acompanhada pelos serviços do Benfica. Esta empresa, cuja identidade entendo dever ser salvaguardada, por questões de segurança até ao fecho deste processo, não é um fornecedor habitual do grupo Benfica”, anunciou António Pires de Andrade, em comunicado divulgado no site oficial do clube.

Desta forma, Pires de Andrade informa ter dirigido “convites aos mandatários de cada uma das listas concorrentes ao ato eleitoral de outubro passado para se fazerem representar na abertura das urnas e contagem dos votos”, só que “nenhuma das listas respondeu positivamente ao convite endereçado há cerca de três semanas”.

O presidente da MAG, que em junho assumiu o cargo, face ao pedido de demissão de Rui Pereira, informou ainda que o clube está a concluir o processo de “contratação da empresa de auditoria, para fazer o trabalho de análise ao software informático que suporta o voto eletrónico”, a qual será igualmente “uma multinacional que não presta serviços ao grupo neste domínio”.

Quanto à AG extraordinária que foi requerida por sócios do Benfica, António Pires de Andrade disse continuar à espera de autorização da Direção-Geral da Saúde (DGS), “para então marcar a data e apresentar o modo de funcionamento da mesma”.

Na sequência da demora no agendamento da reunião extraordinária, o movimento ‘Servir o Benfica’ exigiu esta semana a demissão do presidente da MAG, algo que António Pires de Andrade recusa liminarmente.

“(…) Quero comunicar que não me deixo abater por pedidos públicos como o apresentado, sem qualquer fundamento legal, e que continuarei a trabalhar e a servir o Benfica com a mesma energia com que aceitei o cargo e conto com o apoio dos benfiquistas para organizar, em conjunto com os restantes membros da Mesa, o próximo ato eleitoral antecipado, já anunciado, para concretizar até ao final do ano corrente”, concluiu o presidente da MAG.

O Benfica anunciou recentemente que vai realizar ainda este ano eleições para os órgãos sociais, face à saída do ex-presidente da direção Luís Filipe Vieira, entretanto substituído no cargo pelo antigo futebolista Rui Costa, vice-presidente na direção, que assumiu a liderança do clube e da SAD.

Luís Filipe Vieira foi um dos quatro detidos numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.

Vieira, que está em prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros, e proibido de sair do país, está indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.

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