Bouhanni, de 28 anos, cumpriu hoje os 155,7 quilómetros entre Huércal-Overa e San Javier em 3:58.35 horas, batendo ao ‘sprint’ o velocista holandês Dany van Poppel (LottoNL-Jumbo), segundo com o mesmo tempo, e o italiano Elia Viviani (Quick-Step Floors), terceiro.

Em 2014, o velocista venceu a classificação por pontos na Volta a Itália e duas etapas na ‘Vuelta’, mas desde então esteve arredado dos momentos altos em ‘grandes voltas’.

Este ano, e já depois de falhar, por problemas físicos, a Volta a França, o regresso estava marcado para Espanha, onde a polémica o foi afetando, quer pelas condições em que se apresentava, como por problemas com a equipa técnica.

Ainda assim, e fugindo aos ‘abanicos’ promovidos pelas equipas com intenções na geral e por aqueles com vontade de discutir o ‘sprint’, que aproveitaram o forte vento que se fez sentir, o francês conseguiu redimir-se e vencer.

No final, o francês estava “muito honrado” pelo triunfo, a que admitiu ter ajudado estar “um pouco aborrecido” com a polémica que o rodeou e as acusações de ter batido no carro da equipa, algo que lhe valeu uma penalização de 30 segundos, mesmo que corredor e equipa o neguem.

“Hoje foi um ‘sprint’ duro e muito rápido. Consegui colocar-me bem a 200 metros da meta, e consegui ganhar”, analisou o francês, que achou a etapa similar a uma outra vitória em 2014, em Albacete, em que também apanhou “viento e ‘abanicos’”.

Num dia que se esperava 'tranquilo', o vento frontal afetou e atrasou o pelotão, levando à perda de tempo de um grande número de ciclistas, com destaque para dois candidatos à vitória final: o holandês Wilco Kelderman (Sunweb) e o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) cederam 1.44 minutos para o pelotão, onde seguia o camisola vermelha, o compatriota e colega de equipa de Pinot Rudy Molard.

Ainda assim, Molard acabou por receber do carro da sua equipa um suplemento de alimentação, algo não autorizado nos últimos 20 quilómetros, e perdeu 20 segundos na geral.

A liderança que tem para o anterior camisola vermelha, o polaco Michal Kwiatkowski (Sky), segundo, caiu para os 41 segundos, com o alemão Emanuel Buchmann (BORA-hansgrohe) em terceiro a 48.

Ao cortar a meta no grupo de Kelderman e Pinot, Tiago Machado (Katusha Alpecin) foi o melhor dos portugueses, a cortar a meta em 79.º, subindo para o 63.º lugar da geral.

Nelson Oliveira (Movistar) foi 98.º e manteve o 76.º posto, enquanto José Mendes (Burgos-BH) caiu para o 86.º lugar ao cortar a meta em 105.º, enquanto José Gonçalves (Katusha Alpecin) é agora 99.º depois de ter sido 146.º na tirada de hoje.

Na sexta-feira, a sexta etapa apresenta uma ligação de 185,7 quilómetros entre Puerto Lumbreras e Pozo Alcón, com duas contagens de montanha de terceira categoria.