João Sousa é o único jogador português com acesso ao quadro de singulares do terceiro torneio do Grand Slam da temporada e, pela oitava vez, vai ter “o privilégio de poder participar no torneio mais conceituado do mundo”.
“É um torneio muito especial, com muita história, e poder jogar mais um ano é sempre muito especial para mim”, aponta o vimaranense, 59.º colocado no ‘ranking’ ATP, em declarações à agência Lusa.
O número um português atingiu os oitavos de final do ‘major’ londrino em 2019, mas, desde então, viveu tempos difíceis, com uma fratura de esforço no pé esquerdo e, mais tarde, uma tendinite no antebraço direito, tardando em recuperar a melhor forma física e os bons resultados, que só surgiram este ano.
Sousa, de 33 anos, venceu o ATP 250 de Pune, em fevereiro, e em vésperas de Roland Garros, segundo ‘major’ da época, perdeu a final do ATP 250 de Genebra frente ao norueguês Casper Ruud, que viria a sagrar-se vice-campeão na terra batida de Paris.
Desde que ultrapassou Tseng Chun-hsin, da China Taipé, na abertura do torneio francês, o tenista português não ganhou mais nenhum encontro, tendo perdido com o moldavo Radu Albot na jornada inaugural do ATP 250 de Estugarda e na primeira ronda do ‘qualifying’ do ATP 500 de Halle.
“Os campos são ótimos [em All England Club] e a verdade é que as sensações têm sido boas nos treinos. Infelizmente, nas últimas semanas, não houve muitas vitórias, no entanto tenho treinado bem e espero inverter essa série menos boa”, sublinha.
O primeiro teste em Londres, onde participará pela 44.ª vez em torneios do Grand Slam, será com o experiente francês Richard Gasquet, de 36 anos, que ocupa o 69.º lugar na tabela mundial, e foi semifinalista de Wimbledon em 2007.
“É um adversário que conheço bem, gosta de jogar nesta superfície, já fez bons resultados aqui e, portanto, vai ser naturalmente um encontro difícil. Mas vou preparar-me da melhor maneira para fazer um grande encontro e tentar vencer”, defendeu Sousa, que bateu Gasquet nas meias-finais de Genebra, em maio.
Além da prova de singulares, o vimaranense vai competir na vertente de pares na companhia do australiano Jordan Thompson, sendo que o primeiro desafio será com a dupla formada pelo neerlandês Matwe Middelkoop e Luke Saville, da Austrália.
O torneio de pares contará ainda com a presença de mais dois representantes nacionais, Francisco Cabral (66.º de pares) e Nuno Borges (88.º), campeões do Estoril Open, que vão fazer a estreia como dupla no Grand Slam diante de Treat Huey (112.º) e Franko Skugor (186.º).
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