Questionado sobre se espera que a resposta do regulador seja conhecida ainda este ano, tendo em conta que a operação também poderá ter uma 'dimensão política', o presidente executivo da Altice, Michel Combes, que falava numa conferência telefónica sobre os resultados do grupo relativos ao terceiro trimestre, disse que não podia dar uma "resposta precisa", já que a operação "está nas mãos do regulador".

Reiterando que o grupo tem imenso respeito pela regulação, Michel Combes salientou que a AdC "tem a sua agenda", pelo que terá o tempo necessário para dar a resposta à operação de compra da dona da TVI.

"Não imagino por um segundo que haja uma agenda política", salientou, apontando que o que existe é "uma agenda regulatória".

No entanto, "não tenho dúvida que será um resultado positivo", disse o presidente executivo, sublinhando que esta operação é "uma oportunidade" para o mercado de media português, não só em termos de emprego, como inovação e pluralismo.

Este é "um novo movimento no mercado", disse.

O gestor reiterou que o grupo está disponível, como sempre esteve, para "discutir com regulador questões [que estejam] na mesa".

"Estamos muito abertos e interessados em garantir que a Media Capital esteja numa posição de se poder desenvolver e ser mais forte do que era no passado", concluiu.

A Altice, grupo que comprou há dois anos a PT Portugal, anunciou em julho que chegou a acordo com a espanhola Prisa para a compra da Media Capital, entre outros meios, numa operação que a empresa espanhola avalia em 440 milhões de euros.

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