“A luta não vai acabar por aqui. Vamos dar continuidade enquanto não for revertido o processo de desmembramento da empresa, e enquanto continuar a haver precariedade”, afirmou à Lusa Abílio Carvalho, coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário.
Quanto às futuras ações, o sindicalista explicou que os trabalhadores vão “discutir as novas formas de luta, ainda antes das férias de verão”.
A concentração de hoje começou cerca das 10:30, em frente ao ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na Praça de Londres, e foi seguida por uma manifestação até ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, onde os sindicalistas entregaram um manifesto sobre os objetivos da luta, aprovado pouco antes por unanimidade.
Mas os protestos dos trabalhadores começaram já na segunda-feira, com encontros com deputados, greves de três horas ou duas horas e meia desde terça-feira, que terminam hoje, e plenários de trabalhadores.
Os trabalhadores recusam o desmembramento da EMEF, previsto num projeto que se baseia num acórdão do Tribunal de Contas (TdC) que recusou o visto prévio a 11 contratos entre a CP e a EMEF, ameaçando um desmembramento da EMEF em duas empresas, uma para trabalhar exclusivamente com a CP e outra para os restantes clientes.
Abílio Carvalho, tal como outros trabalhadores da EMEF, acredita que o espartilhar da empresa visa a sua privatização e defende a reintegração da EMEF na CP, como acontecia há uns anos.
Além desta oposição ao desmembramento da empresa, os trabalhadores reivindicam também um reforço da capacidade produtiva, o combate à precariedade na empresa e a reintegração plena na CP.
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