“A entrada é gratuita e destina-se a todos os públicos. É um museu pensado para todos os públicos, escolas, crianças, adultos especialistas que podem encontrar peças de grande raridade e interesse histórico”, contou à Lusa Eugénio Gaspar, que no Banco de Portugal é quem tutela o projeto do novo museu, que demorou quase cinco anos a estar concluído.

O museu abriu as portas ao público às 10:00, e vai estar aberto de quarta-feira a sábado, das 10:00 as 18:00, permitindo aos visitantes conhecer o espaço que conta a história do dinheiro e da relação do homem com o dinheiro.

A peça mais valiosa é a primeira a ser vista no museu, junto à porta da casa forte que guardou até 1996 (depois foram transferidas para o Carregado) as reservas de ouro do país: uma barra de ouro, com 12,6 quilos de ouro refinado, que pode custar cerca de 450 euros e pode ser tocada e segurada pelos visitantes do museu.

Expostas estão várias formas de dinheiro, como dinheiro pá, dinheiro enxada ou disco monetário, sendo a moeda mais antiga da exposição do século VII antes de Cristo, o Estater.

Os primeiros sistemas monetários portugueses expostos no museu mostram que as moedas eram cunhadas em bolhão, uma liga de cobre e prata, sendo ainda possível ver em algumas das 140 vitrinas moedas de ouro contrafeitas, a emissão fraudulenta das notas do caso Alves dos Reis (1925) ou as antigas notas de dez mil reis que hoje valeriam cerca de cinco cêntimos.

A interatividade é um elemento distintivo do Museu, sendo possível aos visitantes fazerem a cunhagem de uma moeda ou a estampagem de uma nota com o seu rosto ou um jogo de perguntas e respostas sobre a exposição.

“Convidamos as pessoas a descobrirem a sua história, a registar essa descoberta e a partilhá-la com os seus amigos”, através do ‘site’ do museu, tendo o bilhete um código permitindo a proteção de dados pessoais, explicou Eugénio Gaspar.