Num comunicado no seu ‘site’, que, segundo verificou a Lusa, não está a funcionar (apenas mostra o anúncio), a companhia aérea referiu que “a sua situação financeira e as consequentes dificuldades operacionais não permitem continuar a assegurar voos” depois do dia de hoje.
Entre os voos suspensos estão ligações a Portugal, Mali, Brasil e Ucrânia, sendo que a companhia aérea não pode garantir a devolução do dinheiro dos bilhetes marcados para datas posteriores a sábado.
A transportadora francesa voa para os aeroportos de Faro, Funchal e Porto, em Portugal.
O secretário de Estado dos Transportes francês, Jean-Baptiste Djebbari referiu, numa entrevista à rádio RTL, que os cancelamentos significam que vários milhares de passageiros irão ficar presos fora de França durante o regresso das férias de verão.
Djebari disse ainda que o governo francês está a prestar assistência à companhia, que entrou com um pedido de insolvência esta semana. Paris está a estudar soluções para o problema em conjunto com a Air France.
O governante salientou que o executivo que integra congelou algumas dívidas da Aigle Azur ao Estado, para manter a sua atividade o máximo de tempo possível e permitir a repatriação de passageiros, bem como garantir a segurança dos últimos voos.
O governo francês está também em contacto com “outras companhias aéreas e operadores” para tentar que cubram, no futuro, as rotas que eram exploradas pela Aigle Azur.
Está ainda em cima da mesa a possibilidade de que algum operador compre uma parte do negócio da Aigle Azur e leve a cabo uma reestruturação.
A Aigle Azur emprega 1.150 pessoas e opera voos entre vários destinos, incluindo entre França e Argélia, mas também conta com rotas para o Brasil, China, Rússia e outros países.
O tribunal, que nomeou um administrador de insolvência para a empresa, deu aos potenciais interessados até às 10:00 do dia 09 de setembro para a apresentação de propostas, segundo a agência Efe.
O jornal francês Le Figaro aponta para três ofertas parciais, da Air France, Air Caraibes e da Vueling.
Um dos principais ativos da Aigle Azur são os 'slots' (direitos de descolagem/aterragem) que detém no aeroporto de Orly, em Paris.
O maior acionista da empresa é a chinesa HNA, que também já foi detentora de uma participação na TAP, com uma posição de 49%.
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