Num comunicado hoje divulgado, a transportadora aérea francesa considera que este anúncio “segue as tomadas de posição extremas de determinados dirigentes” dos referidos sindicatos.

“Com esta decisão de relançar dias de greve suplementares, subindo o total para 15, eles escolhem por ainda mais em perigo a situação económica da companhia e ainda aumentam o risco de prejudicar profundamente a confiança e a fidelidade dos clientes”, refere a empresa no comunicado.

A Air France considera estes novos pré-avisos “incompreensíveis”.

Os funcionários da Air France podem, desde as 10:00 locais e até às 18:00 de 4 de maio, pronunciar-se sobre o acordo salarial proposto pela direção, adianta o comunicado da empresa.

O presidente da Air France, Jean-Marc Janaillac, pede “uma vez mais todas as desculpas aos clientes atingidos por estas greves” que considera “ainda mais incompreensíveis” quando decorre a consulta aos funcionários sobre o acordo salarial.

Entretanto, o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, apoiou hoje o presidente da Air France, pela “decisão valente” de convocar a consulta sobre a proposta do acordo salarial, que inclui um aumento salarial de 2% este ano e de 5% nos três anos seguintes.

As greves destes três sindicatos de pilotos (SNPL, maioritário, Spaf e Alter) vão-se juntar a 11 dias de greve que se acumulam desde finais de fevereiro para exigir aumentos salariais.

O primeiro-ministro francês advertiu hoje que se Janaillac não obtiver os resultados que espera e se demitir, então recomenda “a toda a gente para apertar o cinto de segurança porque as turbulências não serão mínimas”.

“Não estou seguro de que uma empresa na qual o seu responsável máximo se vai embora nestas condições estaria em boas condições para enfrentar o que vier depois”, adiantou Edouard Philippe, antes de pedir para que “cada um assuma as suas responsabilidades”.

A Air France afirma que perdeu cerca de 300 milhões de euros com a série de greves que se têm realizado desde há mais de dois meses.

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