De acordo com um comunicado, a Airbus refere que o aumento ficou a dever-se a “diferentes elementos excecionais” e que explicam a diferença entre o resultado líquido operativo (EBIT), que corresponde a um aumento de 135 por cento (852 milhões de euros), e o EBIT ajustado que caiu 52 por cento para 240 milhões de euros.
Os resultados foram atingidos pelo lucro de 540 milhões de euros que resultaram da venda da empresa Defence Electronics e que se traduziu num impacte positivo de 55 milhões.
Por outro lado, registou-se um aumento de sete por cento da faturação assim como a entrega de 136 aviões, sendo que no mesmo período do ano passado a divisão de aviões comerciais da Airbus tinha concluído 125 aparelhos.
A empresa destaca também os avanços atingidos no fabrico do avião mais moderno (A350) tendo sido vendidas 13 unidades no primeiro trimestre do ano.
De acordo com os objetivos anunciados, a companhia pretende atingir o fabrico de 10 aeronaves por mês a partir do final do ano de 2018.
Registaram-se igualmente lucros de 11 por cento no setor dos helicópteros, apesar do responsável financeiro da companhia, Harald Wilhelm, ter reconhecido que se trata de uma área que enfrenta dificuldades devido à crise petrolífera.
No que diz respeito à atividade na defesa e espacial, a empresa entregou quatro aviões de transporte militar A400M, o dobro do que registou nos primeiros três meses do ano passado.
Wilhelm sublinhou, durante a sessão de apresentação dos resultados, que já se iniciaram as discussões com os governos de vários países interessados no “programa militar” mas que até ao momento verificam-se obstáculos devido às incertezas financeiras que os Estados enfrentam.
O responsável reconheceu que é difícil prever o resultado das negociações, sobretudo porque vão realizar-se eleições em alguns dos países europeus envolvidos, não tendo mencionado os países em concreto.
A França e a Alemanha são os principais parceiros do programa de defesa da Airbus.
No que diz respeito às perspetivas globais, a empresa confirmou os planos que visam a entrega de 700 aviões comerciais até ao final do ano.
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