A informação consta de uma nota da Casa Civil do Presidente da República enviada hoje à Lusa, na qual é acrescentando que a nova administração da transportadora aérea integra ainda Américo Borges, como administrador executivo, William Boutler, administrador para a área comercial, Joaquim Teixeira da Cunha, para a área administrativa, Patrick Rotsaert, para a área de operações de voo, Vipula Mathanga Gunatilleka, para a área financeira, e Eric Zinu Kameni para a área de manutenção.
Luís Eduardo dos Santos, Arlindo Silva e Mário Rogério Von Haff integram o novo conselho como administradores não executivos, de acordo com o mesmo decreto presidencial, com as nomeações, assinado pelo Presidente angolano.
Num outro decreto, João Lourenço extinguiu a comissão de gestão que administrava a TAAG, coordenada por Joaquim Teixeira da Cunha, conforme nomeação de julho último decidida por José Eduardo dos Santos, então Presidente da República e chefe de Governo.
O Governo angolano criticou a 13 de julho a “forma brusca” como a Emirates terminou a parceria de gestão da TAAG, justificando não nomear na altura um novo conselho de administração para a transportadora aérea de bandeira devido à proximidade das eleições gerais, que se realizaram a 23 de agosto passado.
A posição foi assumida, em comunicado, pelo Ministério dos Transportes de Angola, recordando que esta parceria, envolvendo um contrato de gestão da TAAG pela Emirates em vigor desde 2015, visava dotar a companhia angolana de uma “gestão profissional de nível internacional, libertando-a de problemas de eficácia e eficiência que persistiam há longos anos”.
A transportadora aérea Emirates anunciou em julho o “fim imediato” do contrato de concessão para gestão da companhia de bandeira angolana TAAG, face “às dificuldades prolongadas que tem enfrentado no repatriamento das receitas” das vendas em Angola.
Numa declaração enviada à Lusa, a transportadora referia igualmente que está a “tomar medidas no sentido de reduzir a sua presença em Angola” e que reduziria de cinco para três o número de frequências semanais para Luanda.
O próprio ministério reconheceu que, numa carta datada de 09 de julho, dirigida ao ministro Augusto da Silva Tomás, a Emirates informou este desfecho, acrescentando que desta decisão unilateral resultou a “retirada imediata” do país dos administradores que tinha indicado para o conselho de administração da TAAG.
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