“Não salvar a TAP custaria infinitamente mais do que o que nós injetámos”, defendeu Pedro Nuno Santos, na inauguração da exposição comemorativa do 77.º aniversário da TAP, no Museu do Ar, em Sintra.
O governante destacou que a diferença entre salvar ou não a TAP é Portugal ter ou não centralidade na Europa.
Reestruturação da TAP não está em causa
O ministro das Infraestruturas assegurou hoje, em Lisboa, que o plano de reestruturação da TAP está fechado e que não sofrerá alterações face ao conflito na Ucrânia, acrescentando que não se deverá verificar um aumento nos preços dos transportes.
“A TAP tem um plano de reestruturação aprovado em Bruxelas, com um determinado montante e está fechado. Ponto final parágrafo. Tudo o que vier a acontecer para toda a gente vamos ver. Não conseguimos antecipar tudo”, apontou Pedro Nuno Santos.
O governante reconheceu que a atual conjuntura “é difícil” para todas as economias e setores, mas vincou que as consequências que a TAP sofrer serão as mesmas vivenciadas pelas restantes companhias aéreas.
Questionado sobre a possibilidade de uma subida no preço dos transportes, Pedro Nuno Santos assegurou que não está prevista.
“A TAP é uma realidade dentro dos transportes coletivos de passageiros e aí, embora não sendo a área que tutelo, não está em causa nenhum aumento de preços”, precisou.
Por sua vez, a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse que a companhia está “atenta à subida do preço dos combustíveis” e vai tentar, “o máximo possível”, mitigar esta escalada.
“Estamos num mundo muito competitivo e vamos ver o que as outras companhias aéreas vão fazer [face a este aumento] e reagiremos, tendo em conta o plano de custos”, disse, referindo-se a uma possível subida do preço dos bilhetes de avião.
Aniversário da TAP celebra força de uma parte considerável do país, defende Pedro Nuno Santos
Pedro Nuno Santos defendeu que a celebração do aniversário da TAP representa também a força de uma “parte considerável” do país, que trabalhou para evitar o encerramento da empresa.
Este é um grande momento histórico que premeia a resiliência e determinação e força de muita gente de uma parte considerável do país”, afirmou Pedro Nuno Santos.
Para o governante, esta é “uma data muito importante” e uma “das mais importantes” do ponto de vista profissional.
O ministro lembrou ainda que “muitos apostavam no fim da TAP e o desejavam”, sublinhando que na história de Portugal sempre existiram pessoas com medo de avançar.
Peso da TAP na economia é "impressionante" e vivem-se “tempos de mudança”, afirma CEO
A presidente executiva da TAP considerou hoje ser "impressionante" o peso da companhia na economia nacional, notando que estes são tempos de mudança.
“A TAP celebra hoje 77 anos de vida, uma vida marcada por altos e baixos, alegrias e dias menos bons. Fazem todos parte da memória do que somos. É impressionante o peso da nossa companhia na nossa economia e património coletivo”, afirmou Christine Ourmières-Widener.
Para a responsável, vivem-se “tempos de mudança”, com uma nova rota “rumo a um futuro sustentável”, que orgulhe todos.
Ourmières-Widener sublinhou ainda que nesta data optaram por honrar a história da companhia, “feita de homens e mulheres pioneiros, audazes, resilientes e únicos”.
Para a presidente executiva da TAP, estes trabalhadores abriram caminhos para os demais e continuam a fazê-lo todos os dias e em segurança.
O futuro da companhia faz-se também de “memória” e, por isso, a responsável agradeceu a todos os trabalhadores que fazem ou fizeram parte do universo TAP.
“Um especial obrigado à Força Aérea […], a todas as equipas da TAP, aos voluntários que trabalharam para o museu, a todos os presentes e já ausentes da família TAP. O meu muito obrigada. Espero vê-los, em breve, a bordo da nossa TAP Portugal”, concluiu.
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