“A expectativa que temos é que corra tudo muito bem e que seja um passo decisivo na vida do banco, em que se dá o início da escolha de um novo acionista”, afirmou António Ramalho aos jornalistas, à margem de um encontro promovido pelo Fórum de Administradores e Gestores de Empresas (FAE), em Lisboa.

Questionado sobre quem são os interessados na compra do Novo Banco, António Ramalho ‘passou a bola’ para o acionista, que é o Fundo de Resolução, entidade ligada ao Banco de Portugal.

“A data final das propostas é amanhã [sexta-feira] e amanhã [sexta-feira] o Fundo de Resolução dará a informação que entender dar”, afirmou, elogiando o modo como o processo de venda tem sido conduzido.

“O Fundo de Resolução tem liderado a venda de forma exemplar. De resto, nós estamos tão expectantes como está a comunicação social”, lançou.

Confrontado com a possibilidade de o processo de venda falhar e isso implicar uma nova redução de trabalhadores do banco, o gestor voltou a mostrar-se convicto no sucesso da operação.

“A questão do banco não ser vendido nem se coloca. Sobretudo hoje, na véspera da data final das propostas”, reforçou, sem querer avançar com qualquer estimativa dos valores que vão resultar da operação e se os mesmos vão ser suficientes para compensar a injeção de capital feita no momento da resolução da entidade.

António Ramalho disse que vai “continuar a não falar de valores”, sublinhando apenas que “é um orgulho como gestor ver que há tanta gente interessada no Novo Banco”.

O líder do Novo Banco foi ainda questionado sobre a polémica em torno dos salários da nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas não se alongou em comentários.

“Não faço comentários sobre os meus concorrentes. Só digo que no Novo Banco temos que ser totalmente transparentes”, vincou.

Os candidatos à compra do Novo Banco podem apresentar propostas finais e melhoradas até às 17:00 de sexta-feira, revelou à agência Lusa fonte próxima do processo.

O prazo é válido tanto para os investidores estratégicos, como para aqueles que estão interessados na operação em mercado, segundo a informação recolhida junto de fontes do setor financeiro.

À venda direta apresentaram-se o BPI, o BCP, a Apollo Mangement e a Centerbridge e Lone Star, enquanto na opção de aumento de capital está interessado o China Minsheng Financial Holding, do grupo chinês Minsheng.

A 03 de agosto de 2014, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas.

No chamado banco mau (‘bad bank’), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.

No ‘banco bom’, o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.

Em dezembro do ano passado foram prolongadas as garantias estatais ao Novo Banco e a data limite para a sua venda foi estendida até agosto de 2017.

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