Segundo o ministro da Energia saudita, Khaled al-Falih, citado pela agência oficial Spa, a retoma destas exportações tornou-se possível depois de a coligação militar sob comando saudita ter tomado medidas no Iémen para “assegurar a segurança da navegação neste estreito do mar Vermelho”.
Estas medidas foram tomadas “em coordenação com a comunidade internacional”, adiantou o ministro sem dar mais pormenores.
O maior exportador mundial de petróleo anunciou a 25 de julho a suspensão temporária das exportações na sequência de um ataque dos rebeldes ‘Huthis’ contra dois superpetroleiros que transportavam quatro milhões de barris, segundo Riade.
O conflito no Iémen opõe o governo, apoiado pela coligação dirigida por Riade, aos ‘Huthis’ que controlam designadamente a capital Sanaa. Riade acusa a rival regional Teerão de fornecer mísseis balísticos aos ‘Huthis’, acusação que o Irão desmente.
O estreito de Bab el-Mandeb separa a península arábica do Corno de África e o mar Vermelho do mar Arábico e é utilizado por petroleiros provenientes da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, do Kuwait e do Iraque que se deslocam para a Europa e outras partes do mundo pelo Canal do Suez.
Carregamentos de cerca de 4,8 milhões de barris de petróleo e de produtos petrolíferos transitam diariamente pelo estreito de Bab el-Mandeb, segundo a Energy Information Administration (Estados Unidos).
A coligação, que nem sempre conseguiu vencer militarmente os ‘Huthis’, não tem cessado de alertar para a ameaça dos rebeldes em relação à navegação a partir do porto de Hodeidda que controla no mar Vermelho.
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