“Em setembro, os indicadores coincidentes para a atividade económica e para o consumo privado voltaram a apresentar uma taxa inferior à do mês anterior”, refere o banco central em comunicado.

No mês de setembro, a taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi de 6,2% (6,1% em setembro de 2021), recuando face aos 6,5% de agosto.

Já a variação homóloga do indicador para o consumo privado diminuiu de 2,9% em agosto para 2,3% em setembro. Em setembro de 2021 tinha sido de 7,6%.

Considerando o trimestre terminado em setembro, as taxas de variação homóloga dos indicadores para a atividade económica e para o consumo privado foram de 6,5% e 2,9%, respetivamente, o que compara com 6,7% e 3,6%, pela mesma ordem, do trimestre terminado em agosto.

Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a atividade económica é de 7,0%, enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de 5,0% (no mesmo período de 2021, a taxa média de variação destes indicadores foi de 3,5% e 4,7%, respetivamente).

Os indicadores coincidentes procuram captar a evolução subjacente do respetivo agregado macroeconómico, pelo que não refletem em cada momento a taxa de variação homóloga desse agregado.

O BdP alerta que, “na atual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais”.

“Adicionalmente — acrescenta — o perfil alisado subjacente à metodologia de cálculo dos indicadores pode implicar revisões mensais com um sentido que difere ao longo do tempo”.

A próxima divulgação dos indicadores coincidentes do BdP ocorrerá em 17 de novembro.

Também hoje, o BdP informou que, na semana terminada em 16 de outubro, o indicador diário de atividade económica (DEI), que retrata em tempo quase real a evolução da economia portuguesa, aponta para uma variação homóloga da atividade “em linha com a observada nas semanas anteriores”.

O DEI é um indicador lançado pelo BdP para identificar alterações abruptas na atividade económica, mas não constitui uma previsão oficial do Banco de Portugal ou do Eurosistema.