De acordo com o Boletim Económico de dezembro, hoje divulgado, a economia portuguesa crescerá 5,8% em 2022, 3,1% em 2023 e 2,0% em 2024.

As previsões hoje divulgadas pelo BdP para 2022 igualam as mais otimistas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que também aponta para um crescimento económico de 5,8%, e superam as do Governo, que espera 5,5%.

A Comissão Europeia aponta para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3% e o Conselho das Finanças Públicas (CFP) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são as entidades mais pessimistas, esperando uma subida de 5,1% face a 2021.

Quanto a 2021, os economistas do banco central mantiveram a previsão de 4,8% adiantada nos boletins de outubro e junho, igualando as estimativas do Governo e da OCDE, e sendo superiores às do CFP (4,7%), da Comissão Europeia (4,5%) e do FMI (4,4%).

“O Produto Interno Bruto (PIB) retoma o nível pré-pandemia na primeira metade de 2022. Em 2024, a atividade económica situar-se-á cerca de 7% acima de 2019, implicando perdas contidas face à tendência projetada antes da pandemia”, refere o BdP num comunicado que acompanha a divulgação do boletim.

O Banco de Portugal assinala ainda que as projeções hoje conhecidas “reveem em alta o crescimento da economia em 2022-23 face ao projetado em junho (0,2 e 0,7 pp [pontos percentuais], respetivamente)”.

De acordo com o BdP, “o consumo privado cresce 5% em 2021 e 4,8% em 2022, desacelerando para 1,8% em 2024”.

“Esta evolução é sustentada pelo crescimento do rendimento disponível real, por condições financeiras favoráveis e pela acumulação de riqueza ao longo da crise”, refere o BdP.

Segundo o Banco de Portugal, a taxa de poupança em Portugal “reduz-se em 2021-22, após ter atingido 12,8% em 2020”.

Já o consumo público “deverá crescer 4,8% em 2021, acelerando face ao ano anterior, e apresentar um crescimento mais moderado no período 2022-24”.

Quanto ao investimento (Formação Bruta de Capital Fixo), apresentará “um crescimento elevado no horizonte de projeção: 4,9% em 2021, 6,9%, em média, em 2022-23 e 3,9% em 2024”.

“O investimento beneficia do recebimento de fundos europeus, das perspetivas de recuperação da procura e de condições favoráveis de financiamento”, aponta o BdP.

As exportações irão crescer “9,6% em 2021, 12,7% em 2022 e 5,9%, em média, em 2023-24”, destacando o BdP que “as exportações de serviços apresentam uma forte recuperação ao longo do horizonte de projeção, sendo a componente da despesa com o contributo mais importante para o crescimento do PIB em 2022”.

“O excedente da balança corrente e de capital aumenta de 0,2% do PIB em 2021, para um valor médio de 2,1% em 2022-24, devido à recuperação do turismo e à maior entrada de fundos europeus”, aponta o BdP.

O banco central considera que “a economia portuguesa enfrenta importantes desafios nos próximos anos, sendo a resposta das políticas económicas crucial para um crescimento sustentado e uma retoma da convergência com a Europa”.

“A execução eficiente dos projetos abrangidos pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a implementação das reformas que lhe estão associadas constituem fatores essenciais para esse desígnio, pelos efeitos multiplicadores sobre a atividade e pelo impacto sobre o crescimento potencial”, segundo o BdP.

A instituição liderada por Mário Centeno vinca que “esta é uma oportunidade única para potenciar o ritmo de crescimento de longo prazo da economia portuguesa”.

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