No Boletim Económico de dezembro, o regulador bancário prevê no cenário central um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% e uma taxa de inflação de 5,8% em 2023.
No entanto, integra um cenário adverso devido à elevada incerteza, no qual Portugal teria em 2023 uma queda do PIB de 0,4% e um crescimento marginal de 0,3% em 2024 e posteriormente de 1,8% em 2025, enquanto a taxa de inflação fixar-se-ia nos 8% em 2023, reduzindo-se para 5,1% em 2024 e 2,6% em 2025.
“O contexto de agravamento do conflito na Ucrânia e de incerteza exacerbada motiva comportamentos de precaução nos agentes, implicando que as almofadas financeiras das famílias e empresas não sejam usadas para amortecer os choques (ou se esgotem, em situações mais adversas)”, justifica.
O mercado de trabalho também iria ser penalizado por esta evolução, com a taxa de desemprego a aumentar de 5,9% em 2022, para 7,1% em 2023, 7,9% em 2024 e 8% em 2025.
O cenário adverso pressupõe choques como a escassez de gás na Europa a partir do primeiro trimestre de 2023, um inverno mais rigoroso em 2022-23 e 2023-24 e uma substituição mais lenta por outras fontes de energia, ou ainda uma maior subida dos salários e das margens de lucros das empresas em Portugal.
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