“O BBVA dá mais um passo na sua estratégia de transformação e inicia o processo de absorção da sua filial portuguesa (…). Uma vez concretizada esta fusão, o BBVA vai dotar a sua estrutura de maior eficiência e agilidade, pondo a tecnologia ao serviço das pessoas e melhorando a oferta de valor aos clientes, aproveitando o ‘rating’ [avaliação] do grupo”, refere a informação que consta na página do banco do grupo espanhol na internet.
Com este processo, os clientes do BBVA deixam de ser clientes de um banco de direito português e passam a clientes da sucursal de um banco espanhol.
O BBVA diz que “Portugal continua a ser um mercado muito importante” e que, com este processo, quer “assegurar a sua sustentabilidade e a solidez do seu negócio no país”.
O grupo espanhol refere quer “continuar a crescer com os seus clientes em Portugal com uma maior eficiência de gestão, ganhando competitividade comercial e melhorando a qualidade de serviço”.
Para o BBVA, esta fusão irá permitir à operação em Portugal “dispor das melhores capacidades de gestão” e com um “acesso mais ágil às suas plataformas e soluções tecnológicas”.
A Lusa contactou fonte oficial do grupo que disse que esta mudança não significa a redução da operação do BBVA em Portugal e que o processo de diminuição de trabalhadores foi já concluído em 2015.
O modelo de negócios do BBVA em Portugal assenta, atualmente, no segmento da banca de empresas e de clientes particulares ‘premium’ (com rendimentos mais elevados).
O BBVA, que está em Portugal há 26 anos, concluiu em 2015 um processo de reestruturação em Portugal, com saídas de centenas de trabalhadores e fecho de agências, motivado pelos prejuízos então acumulados.
Atualmente, o banco conta com cerca de 400 trabalhadores em Portugal, apostando na expansão digital do negócio.
O grupo espanhol BBVA teve lucros de 3.449 milhões de euros entre janeiro e setembro de 2017, mais 23,3% na comparação com igual período do ano passado.
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