A instituição diz que, apesar do aumento das comissões líquidas (8,8% para 28,4 milhões de euros) e da redução dos custos operacionais (-3,8% para 64,4 milhões de euros), a “rentabilidade foi afetada negativamente pela queda de 11,2 milhões de euros na margem financeira [-15,8% para 59,9 milhões de euros], em parte determinada pela menor exposição a dívida pública”.

Os resultados de operações financeiras foram, no primeiro trimestre, negativos em um milhão de euros, que comparam com 7,5 milhões de euros positivos no mesmo período de 2017.

Olhando para o balanço, os depósitos eram de 12.171 milhões de euros no final de março, menos 3% que em dezembro, mas mais 5% do que no primeiro trimestre de 2017.

Já o crédito (bruto) caiu uns ligeiros 0,6% para 13.981 milhões de euros face a período homólogo.

Ainda no primeiro trimestre foram constituídos 29,2 milhões de euros em imparidades e provisões, abaixo dos 35,4 milhões do em igual período de 2017.

Por fim, a Caixa Económica Montepio Geral tinha, no final do trimestre, um rácio de capital CET1 de 12,9% e de capital total (regras de período de transição) de 13%.

Em final de março, o grupo CEMG tinha 4.194 trabalhadores (mais 39 do que em março de 2017) e 324 balcões em Portugal (menos um).

A Caixa Económica Montepio Geral é detida pela Associação Mutualista Montepio Geral.

Hoje foi anunciada a entrada de 50 entidades do setor social no capital da Caixa, entre eles a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que ficarão, contudo, com uma participação muito reduzida do capital.

Carlos Tavares (ex-presidente da CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) é desde março presidente da CEMG, substituindo Félix Morgado, que tinha relação conturbada conhecida com o presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (a dona da CEMG), Tomás Correia.