No boletim económico hoje publicado o banco prevê que os riscos para a economia global estão equilibrados a curto prazo, mas que aumentarão a médio prazo.
A reforma fiscal dos Estados Unidos pode ter um impacto na atividade mais forte do que o esperado, sublinha o boletim, mas adverte que as “perspetivas de um maior protecionismo comercial aumentaram, o que pode ter um impacto significativo na atividade global”.
O banco alerta para outros riscos relacionados com a possibilidade de um crescimento do endurecimento das condições financeiras globais, com alterações associadas com o processo de reformas na China e com incertezas geopolíticas, especialmente relacionadas com o Brexit.
Em relação à zona euro, o boletim considera que, apesar da desaceleração verificada no início deste ano, o crescimento continuará “sólido e com ampla base” e que os riscos nas perspetivas de crescimento estão “amplamente equilibrados”.
Tal como constatou na reunião do Conselho de Governadores de 14 de junho, o BCE sublinha que a inflação subjacente — que exclui os preços da energia e dos alimentos não elaborados — recuperou dos recentes mínimos e que a incerteza sobre as perspetivas de evolução dos preços diminuiu.
Neste sentido, o BCE prevê que a inflação subjacente suba no final do ano e depois continue a avançar gradualmente a médio prazo.
Na última reunião de política monetária o Conselho de Governadores do BCE anunciou que as compras de dívida pública e privada passarão de 30.000 para 15.000 milhões de euros a partir do próximo mês de outubro e que acabarão no final do ano.
Mesmo assim, o BCE assegurou que as taxas de juro permanecerão nos níveis atuais pelo menos até ao verão de 2019.
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