“Temos que ser disciplinados, temos que ser diligentes, temos que nos centrar na missão que temos para a estabilidade de preços”, apontou Lagarde, num fórum organizado pelo Instituto de Internacional de Finanças (IIF) na capital norte-americana, onde decorrem as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

A taxa de inflação anual da zona euro atingiu em setembro 10%, muito acima do objetivo do BCE de uma taxa de inflação de 2% a médio prazo, de acordo com uma estimativa do Eurostat.

Na sua intervenção, a presidente do BCE insistiu que a “Europa não está em recessão”, uma vez que ainda há “crescimento e números positivos” e nunca teve “uma situação laboral tão positiva”.

“Há uma palavra que foi muito usada nos últimos 18 meses e que continuaremos a usar, que é incerteza”, acrescentou.

Lagarde assinalou ainda que nestes momentos é muito importante “a cooperação” entre os dirigentes dos bancos centrais “para compreender quais serão os efeitos secundários das subidas das taxas de juro, que têm sido decididas. Também a cooperação “entre a política monetária e a política orçamental”.

O BCE só aprovou duas subidas das taxas de juro, enquanto a Reserva Federal norte-americana (Fed) já adotou este ano cinco subidas das taxas de juro, colocando a taxa dos fundos federais entre 3% e 3,25%.