Num debate no parlamento, o deputado bloquista José Soeiro fez a defesa do acordo com o Governo que permitirá a mais de 250 mil trabalhadores a recibos verdes passarem a descontar menos para a Segurança Social, afirmando que “não é tudo”, mas é “um passo de gigante para muitos milhares de trabalhadores” com direitos esquecidos.
“Não é o paraíso, trata-se de distribuir o esforço contributivo”, afirmou José Soeiro, que acusou os partidos de direita, PSD e CDS, de terem sido o Governo que lançou a “maior perseguição” aos trabalhadores a recibos verdes.
Este acordo prevê uma diminuição de 29,6% para 21,4% da taxa contributiva do trabalhador, aumentando-se as contribuições das entidades empregadoras e dos trabalhadores com maiores rendimentos.
E serão cerca de 9.000 os trabalhadores, num universo de mais de um milhão de pessoas, que passarão a descontar mais para “reforçar a sua pensão futura”.
Para o Bloco, com esta solução o Governo reparte “a responsabilidade contributiva entre o trabalhador e a entidade que contrata”, dado que hoje as empresas estavam, em grande parte, dispensadas dessa contribuição.
O PSD, através de Adão e Silva, acusou os bloquistas de estarem a “prometer o paraíso” aos trabalhadores a recibo verde e António Carlos Monteiro, do CDS-PP, atacou-os por “estarem a enganar os trabalhadores”.
O novo regime vai entrar em vigor ao longo do próximo ano e os seus efeitos só serão sentidos pelos trabalhadores em 2019.
Tanto o PS como o PCP manifestaram-se a favor desta medida.
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