“Para lá de um crescimento económico que cria emprego, temos de assegurar a qualidade do emprego criado. Para isso, é preciso coragem para alterar a legislação laboral, com vista a combater a precariedade e, com isso, sermos capazes de criar emprego de forma consistente e que chegue a todas as gerações”, afirmou Catarina Martins no Porto, onde se reuniu com a Administração Regional de Saúde do Norte sobre contratualização com o sector privado na saúde.

Em declarações aos jornalistas sobre os números da taxa de desemprego hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a coordenadora do BE considerou “positivo” que esteja a ser criado emprego, mas alertou que “existe ainda enorme desemprego jovem, muito preocupante, e uma enorme precariedade, sobretudo nas gerações mais jovens”.

“O que vemos é que está a ser criado emprego. Isso é positivo. A criação de emprego demonstra que recuperar rendimentos dos salários e pensões era essencial para que existisse procura interna”, acrescentou.

O INE reviu hoje em baixa de 0,1 pontos percentuais a taxa de desemprego de agosto para 8,8%, o valor mais baixo desde novembro de 2008, estimando para setembro uma nova queda para os 8,6%.

Um ano antes, em setembro de 2016, a taxa de desemprego situava-se nos 10,9%.

O valor apurado para agosto representa uma descida em 0,1 pontos percentuais face ao mês anterior e menos 0,4 pontos percentuais em relação aos três meses antes, sinaliza o INE.

A estimativa provisória da população desempregada de setembro foi de 442 mil pessoas, tendo diminuído 2,1% (9,7 mil) em relação ao mês anterior e 5,5% (25,8 mil) face ao observado três meses antes.

Já a estimativa da população empregada foi de 4,716,7 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,1% (6,9 mil) em relação ao mês anterior e 0,8% (37,1 mil) em relação a três meses antes. Este valor foi revisto, relativamente ao provisório publicado há um mês, em mais 0,2% (11,7 mil)

Segundo o INE, em setembro a taxa de desemprego dos jovens (provisória) situou-se em 24,8%, contra os 24,8% observados no mês precedente.

Já a taxa de desemprego dos adultos foi de 7,2%, descendo dos 7,5% de julho.