Nas previsões de inverno, divulgadas hoje, a Comissão Europeia baixou as suas estimativas de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) português para 1,7% este ano, face à expansão de 1,8% antecipada nas previsões de outono, divulgadas em novembro.

Bruxelas está assim mais pessimista para o crescimento da economia portuguesa em 2019 do que o Governo português, que continua a apontar para uma expansão de 2,2% do PIB este ano.

“A expansão económica deve continuar moderada devido sobretudo a uma contribuição mais fraca das exportações líquidas”, indica a Comissão Europeia nas previsões hoje divulgadas, acrescentando que “o crescimento no consumo privado deverá diminuir apenas marginalmente, enquanto o investimento deverá acelerar ligeiramente, suportado por uma maior absorção dos fundos da União Europeia”.

A Comissão Europeia também reviu hoje em baixa, em 0,1 pontos percentuais, a estimativa de crescimento do PIB português para 2,1% em 2018, face aos 2,2% antecipados nas previsões de outono.

Já para 2020, Bruxelas manteve a estimativa de uma expansão de 1,7% da economia portuguesa.

“O crescimento do PIB deve estabilizar nos 1,7% tanto em 2019 como em 2020 no âmbito de um abrandamento nas exportações de bens e serviços”, indica Bruxelas, que alerta para que existem riscos que podem penalizar as previsões para a economia portuguesa, “como a prevista deterioração na procura externa e o aumento da incerteza global, que podem ter repercussões negativas nas decisões de investimento”.

No dia 21 de janeiro, quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as suas previsões para a economia global e para a zona euro, o secretário de Estado das Finanças afirmou que a previsão do Governo, de crescimento do PIB de 2,2% este ano, continua a ser “realista”.

Na próxima semana, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a estimativa rápida para a evolução da economia portuguesa no quarto trimestre de 2018 e no conjunto do ano transato.

Nas previsões divulgadas hoje a Comissão Europeia também antecipa que a inflação “aumente ligeiramente para 1,3% em 2019”, face aos 1,2% apontados para 2018 e abaixo dos 1,6% projetados nas previsões de outono.

Para 2020, Bruxelas antecipa que a inflação suba para 1,6%, mantendo a estimativa de há três meses, uma vez que “a procura interna continua a beneficiar de condições favoráveis no mercado de trabalho”.

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.