“Parem de retratar a desaceleração [económica] como uma crise”, vincou o também ministro das Finanças português numa posição expressa em inglês através da sua conta oficial na rede social Twitter.
Para Mário Centeno, são os “riscos políticos que estão a levar a levar ao abrandamento do crescimento” hoje demonstrado pelas previsões intercalares de inverno da Comissão Europeia.
“Por isso, está nas nossas mãos [governantes] mudar a maré e agir para reduzir esses riscos”, vinca o responsável.
A Comissão Europeia reviu hoje em baixa as previsões de crescimento da economia da zona euro até 2020 e reconhece que o abrandamento poderá ser ainda mais pronunciado devido ao “elevado grau de incerteza” no panorama económico global.
O executivo comunitário estima que o Produto Interno Bruto (PIB) na zona euro progrida 1,3% este ano e 1,4% em 2020, quando nas anteriores projeções, de outono (divulgadas em novembro), antecipava crescimentos de 1,9% e 1,7%, respetivamente.
Para o conjunto da União Europeia (já a 27, dado a saída do Reino Unido estar agendada para final do próximo mês), a Comissão Europeia revê igualmente sobretudo em baixa a previsão de crescimento para 2019, que estima agora que se fixe nos 1,5%, quando há três meses antecipava que chegasse aos 2,0%.
Para 2020, prevê que acelere para os 1,8% do PIB, ainda assim abaixo do valor projetado no outono, de 1,9%.
Também hoje, Bruxelas reviu em baixa a sua previsão para o crescimento da economia portuguesa este ano, prevendo uma expansão de 1,7%, abaixo da estimativa de 2,2% do Governo.
Nas previsões de inverno, a Comissão Europeia baixou as suas estimativas de crescimento para o PIB português para 1,7% este ano, face à expansão de 1,8% antecipada nas previsões de outono.
Bruxelas está assim mais pessimista para o crescimento da economia portuguesa em 2019 do que o Governo português, que continua a apontar para uma expansão de 2,2% do PIB este ano.
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