“Não temos uma lição para ensinar a ninguém e, muito menos, ao Reino Unido. Temos coisas a aprender, pelo contrário. O que está a acontecer mostra como a situação é volátil e como é preciso ter prudência”, afirmou hoje, em Washington, Paolo Gentiloni, no final de um fórum entre os Estados Unidos e a Europa.
O comissário europeu expressou também os seus “melhores votos” ao novo ministro das Finanças britânico, Jeremy Hunt, que substituiu Kwasi Kwarteng, afastado após apenas 38 dias no cargo.
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, invocou hoje o “interesse nacional” e a necessidade de estabilidade económica no Reino Unido para demitir o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng.
“A minha prioridade é garantir a estabilidade económica que o nosso país necessita. Foi por isso que tive de tomar as decisões difíceis que tomei hoje”, explicou numa conferência de imprensa.
De forma a acalmar a volatilidade nos mercados financeiros observada após a apresentação do plano de crescimento económico em 23 de setembro, a primeira-ministra aceitou aumentar de 19% para 25% o imposto sobre as empresas em abril de 2023.
Esta medida, que estava planeada pelo antecessor Boris Johnson mas que ela prometeu cancelar, vai permitir arrecadar mais 18.000 milhões de libras (21.000 milhões de euros no câmbio atual), adiantou.
Truss já tinha sido forçada antes a abandonar a abolição do escalão máximo de 45% do imposto sobre os rendimentos, aplicado a ganhos superiores a 150.000 libras (172.000 euros) por ano, poupando também 2.000 milhões de libras (2.300 milhões de euros).
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