Em comunicado, o Banco de Portugal (BdP) avança que “este resultado reflete as capacidades de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras (respetivamente de 5,2% e 1,7% do PIB) que, em conjunto, excederam as necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras (respetivamente de 5,8% e 0,8% do PIB)”.

Segundo o banco central, a redução homóloga da capacidade de financiamento da economia portuguesa traduz, sobretudo, o aumento da necessidade de financiamento das administrações públicas (que passou de -1,9% para -5,8%), a redução da necessidade de financiamento das sociedades não financeiras (passou de -3,9% para -0,8%) e a redução da capacidade de financiamento das sociedades financeiras (passou de 2,2% para 1,7%).

Reflete ainda o aumento da capacidade de financiamento dos particulares, que passou de 4,9% para 5,2%.

No que diz respeito às interligações entre setores institucionais das contas nacionais financeiras (o que permite identificar as relações de financiamento entre os vários setores institucionais da economia portuguesa e desta com o resto do mundo), o BdP nota que, no ano acabado no segundo trimestre de 2021, “os particulares e as sociedades não financeiras financiaram, sobretudo, as sociedades financeiras em 5,0% e 2,4% do PIB, as quais, por sua vez, financiaram as administrações públicas e o resto do mundo em 4,3% e 4,8% do PIB, respetivamente”.

Já “o resto do mundo financiou principalmente as sociedades não financeiras em 3,6% do PIB”.

Em comparação com o período homólogo, o BdP aponta como “as alterações mais significativas” o facto de o resto do mundo ter invertido a relação de financiamento com as administrações públicas, “passando a ser um dos seus setores financiadores em 1,4% do PIB”.

Adicionalmente, as sociedades não financeiras “inverteram a relação de financiamento com as administrações públicas e com os particulares, passando a ser setor financiador de todos os setores institucionais residentes”.

No que respeita aos ativos financeiros líquidos por setor institucional, verifica-se que, no final do segundo trimestre de 2021, os ativos financeiros líquidos dos particulares e das sociedades financeiras eram de 140,2% e 2,9% do PIB respetivamente (133,3% e 1,2% no segundo trimestre de 2020).

Quanto aos ativos financeiros líquidos das administrações públicas e das sociedades não financeiras, eram de -110,6% e -133,9% do PIB (-104,9% e -132,3% no segundo trimestre de 2020).

Em ambos os casos, as evoluções registadas refletem as transações e outras variações de volume e preço no período em análise.

Segundo o BdP, no final do segundo trimestre de 2021, a economia portuguesa apresentava uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -101,4% do PIB, que compara com -102,8% do PIB no final do trimestre homólogo de 2020.

O BdP atualiza os dados relativos às contas nacionais financeiras em 10 de janeiro de 2022.

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