A Associação Portuguesa de Casinos (APC) pretende a ajuda do Governo para encontrar “soluções que permitam resgatar as empresas concessionárias de jogo e repor a solvabilidade do sector” devido a “prejuízos de exploração sem precedentes”, devido à pandemia de covid-19.

O jornal Público noticia esta segunda-feira que, segundo o grupo Estoril-Sol, “decorrem neste momento negociações com essa finalidade entre o Governo e a APC”.

A revelação das conversações com o Governo foi feita na passada sexta-feira no Relatório e Contas (R&C) de 2020 do grupo, que refere ainda que “em face do acordo na generalidade já alcançado”, espera que “um resultado final possa ser ultimado” brevemente, por forma a serem tomadas medidas concretas para atenuar as perdas provocadas pela pandemia. A publicação não obteve, no entanto, até ao momento as confirmações sobre a ajuda que está a ser negociada por parte do Ministério da Economia e Turismo de Portugal.

Segundo os dados do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, as receitas dos casinos caíram para os 159,7 milhões de euros em 2020, no entanto, o jogo online teve um percurso inverso e subiu 57% para os 336,3 milhões.

No relatório, o grupo dá conta de um prejuízo de 12,9 milhões de euros em 2020, depois de em 2019 ter registado lucros de 14,5 milhões. O grupo perspetiva também que este ano “já se encontrará completamente comprometido”, e que é “muito difícil admitir que as receitas anuais venham a ultrapassar, a exemplo do ano transato, os 50% da receita anual anterior à pandemia”.

Perspetiva-se assim que as unidades de jogo do grupo venham a registar, este ano, “por via da força das limitações de funcionamento que o Governo resolveu aplicar, uma dramática quebra de atividade que sem a existência de medidas de apoio por parte do Governo porá seguramente em causa a sobrevivência do negócio”.