Em conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2019 (lucro de 776 milhões de euros), em Lisboa, Paulo Macedo disse que, caso a percentagem de dividendos a atribuir ao acionista único da CGD, o Estado, seja idêntica à de 2018, "será um valor de cerca de 300 milhões [de euros]".
Na proposta de lei do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), o Governo tinha previsto um total de 705 milhões de euros de dividendos a receber da CGD e do Banco de Portugal em 2020 (relativos aos resultados de 2019), dos quais 237 milhões dizem respeito à Caixa.
"Com estes 300 milhões, a somar com os outros 200 [entregues em 2019, relativos a 2018], devolvemos ao Estado 500 milhões de euros dos 2.500 milhões que foram postos, em dinheiro, na Caixa", disse hoje Paulo Macedo aos jornalistas.
O gestor salientou que atualmente "a única diferença é que antes os dividendos só poderiam ser pagos se o BCE [Banco Central Europeu] autorizasse, e agora os dividendos podem ser pagos desde que apenas valide".
"É bastante diferente em termos de atitude perante os dividendos", destacou o presidente da CGD, que referiu também que o remanescente do processo de entrega do valor depende "do acionista [Estado]", "da análise" que o banco fizer e ainda das "contribuições para as reservas legais" que têm de ser pagas.
Paulo Macedo manifestou também o desejo de "devolver os outros 500 milhões de dívida subordinada do AT1 [emissão de 'additional tier 1', um tipo de capital] que a Caixa teve de contrair a uma taxa de 10,75%".
"Não porque possamos antecipar isto, mas porque podemos dizer que hoje temos uma maior certeza dessa devolução de capitalização, que como sabem não têm nada a ver com os contribuintes, mas não deixou de ser parte da capitalização", referiu.
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