“Se o preço do combustível para aviões a jato se mantiver tão elevado, então, com o tempo, é razoável esperar que isso se reflita nos resultados das companhias aéreas e, consequentemente, nos preços aos clientes”, disse o presidente da RENA, Paulo Geisler, em resposta escrita à Lusa.
Segundo o responsável, “a absorção do aumento do preço dos combustíveis tem sempre um impacto muito grande nos custos” das companhias aéreas, sobretudo numa altura em que a indústria da aviação está ainda a recuperar da crise causada por dois anos de pandemia.
O presidente da RENA realçou que o aumento do preço dos combustíveis “é mais um enorme desafio”.
Adicionalmente, para evitar o espaço aéreo russo, na sequência do conflito na Ucrânia, após a invasão da Rússia àquele país, “o custo adicional de reencaminhamento dos voos com o forte aumento dos preços do petróleo poderá originar uma subida dos preços dos bilhetes e das tarifas de carga aérea”, acrescentou Paulo Geisler.
Os preços dos combustíveis dispararam nas últimas semanas, tanto nos Estados Unidos da América como na Europa, atingindo os níveis mais altos da última década, devido aos receios de uma redução na oferta, provocada pela invasão russa da Ucrânia.
Em Portugal, o preço por litro do gasóleo subiu esta semana 13,6 cêntimos e o da gasolina 9,3 cêntimos, segundo contas feitas pela Lusa com base nos números fornecidos pelo Governo para a redução do ISP.
Na semana anterior, o gasóleo tinha já sofrido um agravamento superior a 14 cêntimos por litro, enquanto a gasolina tinha ficado cerca de oito cêntimos mais cara.
A RENA tem entre os seus associados a TAP, a SATA, a British Airways e a Swiss, segundo a informação disponível na sua página na internet.
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