Segundo os dados hoje divulgados, cerca de 58% das empresas que responderam ao inquérito tinham pessoas em teletrabalho e 20% tinham mais de 50% do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar nessa situação.
A percentagem de empresas com pessoal em teletrabalho é crescente com a dimensão das empresas, atingindo 93% naquelas maiores e não ultrapassando 30% nas microempresas, sinalizam.
Por setor, refletindo a natureza da atividade económica desenvolvida, destacou-se a informação e comunicação, com 67% das empresas a registar uma percentagem superior a 75% de pessoal ao serviço em teletrabalho.
Em sentido oposto, o setor que menos recurso assinalou a esta forma de trabalho foi o alojamento e restauração.
Cerca de 84% das empresas respondentes mantinham-se em produção ou em funcionamento, mesmo que parcialmente, e 16% das empresas encerraram temporariamente ou definitivamente.
Nas empresas com perfil exportador registou-se uma maior proporção de empresas em funcionamento e por setor, a percentagem de empresas encerradas (temporária e definitivamente) continua a ser significativamente mais alta no alojamento e restauração (59%).
Já 79% das empresas respondentes continuaram a reportar diminuição do volume de negócios, numa grande parte (39%) a redução foi superior a 50% do volume de negócios, refletindo sobretudo a ausência de encomendas/clientes e as restrições no contexto do estado de emergência.
De acordo com os dados do INE/BdP, 57% das empresas continuaram a reportar reduções do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar, sendo que 25% referiram uma redução superior a 50%.
A medida de ‘lay-off’ simplificado foi apontado por 59% das empresas como relevante ou muito relevante para a redução do pessoal ao serviço.
A percentagem de empresas (em funcionamento ou temporariamente encerradas) que já beneficiou de outras medidas anunciadas pelo Governo, para além do 'lay-off' simplificado, aumentou ligeiramente face à semana anterior, mas continuou a ser reduzida, sinalizam.
O Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 (COVID-IREE) é produzido pelo INE e pelo BdP e é dirigido a um conjunto alargado de empresas representativas dos diversos setores de atividade económica.
Este inquérito tem como objetivo identificar alguns dos principais efeitos da pandemia covid-19 na atividade das empresas e baseia-se num questionário de resposta rápida.
Na semana de 27 de abril a 01 de maio (quarta semana de inquirição), o inquérito contou com a participação de 5,5 mil empresas.
“Estas empresas correspondem basicamente a uma amostra representativa subjacente ao cálculo e compilação dos índices de volume de negócios setoriais mensalmente publicados pelo INE”, referem as entidades.
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