“Em novembro de 2021, 1,5% do ‘stock’ total de empréstimos dos bancos aos particulares estava em incumprimento, atingindo um novo mínimo histórico”, refere o banco central, avançando que “para a redução deste rácio contribuiu, maioritariamente, a diminuição do rácio de empréstimos ao consumo e outros fins que se encontram em incumprimento (reduziu 0,7 pontos percentuais face ao mês anterior, para 4,6%)”.
Segundo explica o BdP, estes empréstimos deixaram de estar registados no balanço dos bancos devido à venda de empréstimos e à conversão em empréstimos abatidos ao ativo.
Em novembro, o montante total de empréstimos aos particulares para habitação cresceu 4,4% face ao mesmo mês de 2020, para 96.600 milhões de euros, mantendo o ritmo de crescimento do mês anterior.
A acelerar continuaram também os empréstimos ao consumo, que cresceram 2,2% relativamente a novembro de 2020, para 19.200 milhões de euros (compara com 1,7% no mês anterior).
No que se refere aos empréstimos a empresas, em novembro de 2021 o montante total concedido pelos bancos cresceu 4,7% em termos homólogos, para 76.000 milhões de euros (tinha crescido 4,9% no mês anterior).
De acordo com o BdP, “o ritmo de crescimento destes empréstimos diminuiu pelo sétimo mês consecutivo”, sendo esta desaceleração “transversal às micro e às pequenas e médias empresas”.
“O crescimento dos empréstimos às micro e pequenas empresas não era tão baixo desde abril de 2020, mês após o qual foram disponibilizadas linhas de crédito de apoio às empresas no âmbito da pandemia”, nota o banco central.
Pelo contrário, os empréstimos concedidos pelos bancos às grandes empresas aceleraram 0,2 pontos percentuais em novembro, para 2,3%.
Relativamente aos depósitos, o montante que os particulares detinham em bancos residentes em novembro cresceu 7,1% face a 2020, para 171.900 milhões de euros, acelerando face aos 6,9% do mês anterior e “atingindo um novo máximo histórico”.
Segundo o BdP, “para esta situação contribuíram essencialmente os depósitos à ordem, que cresceram 15,1% face ao período homólogo”.
Desde o início da pandemia (março de 2020), os particulares aumentaram os seus depósitos junto de bancos residentes em 19.700 milhões de euros.
Quanto às empresas, o montante de depósitos que detinham em bancos residentes em Portugal cresceu 15,8% homólogos em novembro, para 60.100 milhões de euros, “atingindo um novo máximo histórico”, após já terem crescido 14,0% no mês anterior.
O BdP atualiza em 28 de janeiro as estatísticas de empréstimos e depósitos bancários de empresas e particulares.
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