A bolsa de Tóquio fechou hoje a perder, com o principal índice, o Nikkei, a recuar 4,41% até aos 18.559,63 pontos. O segundo indicador, o Topix, fechou a descer 4,13% para os 1.327,88.

O índice de referência Nikkei tinha já iniciara a sessão com uma queda de mais de 2% após o colapso em Wall Street e com a Organização Mundial de Saúde a declarar o surto de Covid-19 como uma pandemia, registando uma descida acentuada depois dos Estados Unidos terem anunciado a suspensão de viagens oriundas da maioria dos países europeus.

O índice Nikkei reflete a média não ponderada dos 225 principais valores da bolsa de Tóquio, enquanto o indicador Topix agrupa os valores das 1.600 maiores empresas cotadas.

Também o índice de referência , o ASX/200, perdeu 421,3 pontos para 5.304,6, depois do Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado a suspensão de viagens oriundas da maioria dos países europeus.

Na China, a bolsa de Xangai, principal praça financeira da China, abriu hoje a perder 1,09%, para 2.936,02 pontos.

Shenzhen, a segunda praça financeira do país, recuou 1,59%, nas primeiras transações do dia, para 11.022,04 pontos.

Principais bolsas europeias em quebra; investidores à espera de BCE

Também as bolsas de Madrid, Londres, Frankfurt abriram hoje a cair. Na quarta-feira, a bolsa de Lisboa encerrou em baixa, pela quinta sessão consecutiva, com o índice PSI20 a recuar 0,47% para 4.217,44 pontos, em linha com as descidas na Europa.

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt desciam 6,44%, 6,08% e 7,06%, respetivamente, bem como as de Madrid e Milão, que se desvalorizavam 6,55% e 5,71%.
Depois de ter aberto em baixa, a bolsa de Lisboa mantinha a tendência e, cerca das 09:00, o principal índice, o PSI20, descia 5,33% para 3.992,48 pontos.

As principais bolsas europeias reagiram em quebra depois do anúncio surpresa de Donald Trump de suspender por 30 dias a entrada nos Estados Unidos de viajantes que tenham estado recentemente na Europa. Os investidores também estão pendentes da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Nos Estados Unidos, o Presidente, Donald Trump, também apresentou ao Congresso um plano de estímulo económico, que poderia incluir cortes de impostos e assistência a companhias aéreas e hotéis perante o crescente receio de uma recessão mundial.

A rápida expansão do novo coronavírus fora da China, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, e o grande impacto que pode ter na economia mantém vigilantes os investidores que analisam as medidas de apoio que estão a ser adotadas pelos diferentes bancos centrais e governos.

Na quarta-feira, o Banco de Inglaterra anunciou um corte de emergência de meio ponto das taxas de juro, de 0,75% para 0,25%, um mínimo histórico, com o objetivo de compensar a economia britânica devido à crise gerada pela epidemia do novo coronavírus.

Além do Banco de Inglaterra, a União Europeia anunciou que permitirá que se possam mobilizar ajudas de Estado para as empresas que o precisem e que criará um fundo de resposta ao novo coronavírus para compensar o "grande impacto económico potencial" da crise da saúde.

Na quarta-feira, a bolsa de Nova Iorque terminou com o Dow Jones a cair 5,86% para 23.553,22 pontos, contra 29.551,42% em 12 de fevereiro, atual máximo desde que foi criado em 1896.

No mesmo sentido, o Nasdaq fechou a avançar 4,70% para 7.952,05 pontos, contra o atual máximo de 9.817,18 pontos em 19 de fevereiro.

A nível cambial, o euro abriu hoje em alta no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,1305 dólares, contra 1,1285 dólares na quarta-feira e 1,0792 dólares em 19 de fevereiro, atual mínimo desde abril de 2017.

O barril de petróleo Brent para entrega em maio de 2020 abriu hoje em baixa, a cotar-se a 34,08 dólares no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, um mínimo, contra 35,79 dólares na quarta-feira.

Notícia atualizada às 9h18m