De acordo com os resultados da Conta Satélite da Saúde do INE, na base 2016, o crescimento nominal da despesa corrente em saúde nesses anos foi superior ao do PIB mais 1,3 pontos percentuais (p.p.).

Em 2018, a despesa pública cresceu mais do que a despesa privada (6,0% e 4,8%, respetivamente), representando 64,5% da despesa corrente.

Para 2019 estima-se que a despesa pública tenha crescido 4,6%, menos 1,5 p.p. que a despesa privada (6,2%), segundo a Conta Satélite da Saúde do INE.

“Em 2018, a despesa corrente em saúde totalizou 19.303,4 milhões de euros, que corresponderam a 9,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e a 1.877,1 euros per capita”, referem os indicadores do INE.

O INE estima que, para 2019, a despesa corrente em saúde tenha atingindo 20.302,6 milhões de euros (9,6% do PIB e 1.973,8 euros per capita).

A despesa corrente em saúde cresceu a um ritmo superior ao do PIB (+1,3 p.p.) em 2018 e 2019, contrariamente ao que se observou no ano anterior (menos 1,0 p.p. do que o PIB).

A despesa corrente pública corresponde à despesa suportada pelos agentes financiadores públicos que integram o Serviço Nacional de Saúde e os Serviços Regionais de Saúde (SRS) dos Açores e da Madeira, os subsistemas de saúde públicos, as outras entidades da administração pública e os fundos de Segurança Social, enquanto a despesa privada corresponde à despesa suportada pelas famílias e pelos agentes financiadores privados.

Segundo o INE, a despesa corrente dos principais agentes financiadores aumentou em 2018, com exceção dos subsistemas de saúde públicos voluntários (-0,4%).

O aumento mais significativo foi registado pelas outras unidades da administração pública (+11,1%) devido, principalmente, ao incremento do financiamento da atividade das entidades públicas prestadoras que não integram o SNS, como, por exemplo, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Em 2018 e 2019, as sociedades de seguros continuaram a reforçar a sua importância relativa no financiamento do sistema de saúde (4,1% em 2018 e 4,2% em 2019), apresentando aumentos de 10,4% e 8,8%, respetivamente, sublinham os dados.