“Até a esta hora (09:33 locais, mais uma hora em Lisboa), foram cancelados quatro voos da Azores Airlines, que faz os voos de e para fora do arquipélago, e 12 voos da SATA Air Açores”, que assegura os voos entre as nove ilhas, indicou António Portugal, referindo que "todos os voos que não são serviços minímos até agora foram cancelados".
O reponsável, que remeteu para mais tarde dados sobre a adesão à greve, disse que estavam previstos realizar-se hoje na "SATA Air Açores 53 voos e na Azores Airlines 29".
"Dos 53 voos, 32 são de serviços mínimos e, dos 29, dois são de serviços mínimos", acrescentou o porta-voz da companhia aérea açoriana, indicando que hoje de manhã foi realizado o voo de serviços mínimos da SATA Air Açores Ponta Delgada/Terceira/Graciosa.
António Portugal adiantou ainda que a ligação Lisboa/Horta/Lisboa, de serviços mínimos da Azores Airlines, está a ser realizado, o mesmo sucedendo com a ligação Montreal/Ponta Delgada/Lisboa, que é realizada num aparelho alugado para assegurar durante o verão as ligações com aquele destino do Canadá.
Tripulantes de cabine da transportadora aérea SATA estão desde quinta-feira em greve, iniciativa convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, um mês depois de uma outra paralisação.
O incumprimento de vários pontos do clausulado do acordo de empresa é uma das razões apontadas para a greve, assim como a reivindicação de melhores condições de trabalho.
Devido ao pré-aviso de greve, a SATA contactou cinco mil passageiros que tinham voos previstos para hoje, “para poderem alterar as suas reservas”, informou António Portugal, assinalando que “85% optaram por alterar reservas, primeiro para os serviços mínimos e depois para outras datas”, acrescentou.
O dirigente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil Bruno Fialho adiantou que a greve "continua a ter uma adesão de 90%", sublinhando que os trabalhadores vão "continuar firmes nas suas convicções".
"A razão está do nosso lado. E passado um mês da última greve a adesão a esta paralisação é demonstrativa de que os trabalhadores têm razão, pois é muito difícil fazer uma greve quando se é trabalhador", sustentou.
Bruno Fialho adiantou que o sindicato vai enviar um ofício à administração da SATA a informar que estão disponíveis para reunir e dialogar.
"Vamos enviar este ofício, algo que não era da nossa competência fazer", apontou.
Em maio, a greve deixou em terra mais de 1.300 passageiros, com o sindicato a afirmar que se registou uma adesão de 100%, número diferente do avançado na ocasião pelo grupo SATA (66,9%).
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