O Despacho n.º 538/2018, publicado hoje na segunda série do Diário da República, foi assinado a 21 de dezembro de 2017 pelo ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes e o secretário de Estado do Orçamento, João Rodrigo Carvalho Leão.
A coleção de Joan Miró, composta por 85 obras, ficou na posse do Estado Português, após a nacionalização do BPN em 2008, e, em 2016, a Câmara Municipal do Porto anunciou que iria permanecer na Casa de Serralves, depois de o Governo ter escolhido a cidade para a acolher em permanência.
As obras foram expostas pela primeira vez em Serralves, e estão agora – na totalidade – em exposição no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, até 13 de fevereiro.
No despacho hoje publicado, os governantes recordam que a Direção-Geral do Património Cultural e a Fundação de Serralves celebraram um protocolo para a realização desta exposição, cuja relevância sublinham “no âmbito da divulgação pública das obras de Joan Miró e da formação de novos públicos”.
Para dar cumprimento aos compromissos assumidos no referido protocolo, as duas tutelas autorizam a transferência de 69.495 euros por parte da Direção-Geral do Património Cultural para a Fundação de Serralves, “reconhecendo-se esta como excecional e especialmente fundamentada”.
A exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” deveria encerrar a 08 de janeiro, mas a tutela decidiu prolongar a abertura ao público por mais algumas semanas.
“Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” está patente na Galeria D. Luís, no Palácio Nacional da Ajuda, desde 08 de setembro, mostrando 85 peças provenientes do antigo Banco Português de Negócios (BPN), abarcando um período de seis décadas da carreira de Joan Miró, de 1924 a 1981.
Entre as obras expostas estão seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospetiva dedicada ao artista, no Grand Palais de Paris, em 1974.
As obras foram mostradas pela primeira vez numa exposição na Casa de Serralves, no Porto, entre outubro de 2016 e junho de 2017, tendo sido vista por 240.048 visitantes.
No ano passado, o Governo anunciou que tinha chegado a acordo com a leiloeira Christie’s para revogar o contrato de venda em leilão da coleção Joan Miró, cujo valor a obter deveria servir para abater parte dos créditos do banco.
Em dezembro deste ano, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse que a autarquia vai custear a manutenção na cidade desta coleção de Joan Miró (1893—1983), com o respetivo seguro.
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