“Acabo de falar com o rei Salman [bin Abdelaziz] e expliquei-lhe que, com a agitação e disfunções no Irão e na Venezuela, peço que a Arábia Saudita aumente a sua produção de petróleo, talvez até dois milhões de barris, para o compensar”, escreveu Trump no Twitter.
“Os preços são demasiado altos. Ele acedeu!”, acrescentou, referindo-se ao rei saudita.
Pouco tempo depois, a agência estatal saudita, SPA, confirmou a chamada, mas deu poucos pormenores.
“Durante a chamada, os dois dirigentes sublinharam a necessidade de desenvolver esforços para manter a estabilidade do mercado petrolífero e o crescimento da economia global”, escreveu a agência.
O texto acrescenta que Trump e Salman concordaram que os países produtores de petróleo devem “compensar potenciais faltas de reservas”.
O preço do petróleo aumentou depois de os Estados Unidos terem pressionado os seus aliados a não comprar petróleo ao Irão, num quadro comercial já perturbado pela instabilidade na Venezuela e pelo conflito entre fações na Líbia pelo controlo da infraestrutura petrolífera do país.
Na semana passada, a OPEP acordou aumentar a produção em um milhão de barris diários, uma quantidade que a médio prazo podia ficar-se pelos 600 mil barris, para conter os preços, que estão no seu nível mais alto desde 2014.
Nos Estados Unidos, o galão (3,78 litros) custa em média 2,85 dólares (cerca de 2,43 euros), 63 cêntimos de dólar (53 cêntimos de euro) mais que no ano passado, segundo a associação automóvel norte-americana AAA.
Não é claro se o aumento referido hoje por Trump se junta ao acordado com a OPEP e se se refere a barris por dia ou por mês.
A Arábia Saudita produz atualmente cerca de 10 milhões de barris por dia.
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