As previsões apontavam já para um ritmo de crescimento menor no segundo trimestre, depois de Pequim ter restringindo o crédito bancário, visando travar o aumento da dívida, e ainda antes do início das disputas comerciais com os Estados Unidos.

A atividade económica deverá continuar a abrandar, à medida que a procura global pelas exportações chinesas recua e as restrições ao crédito atingem o setor da construção e o investimento, importantes motores de crescimento.

Pequim reagiu anteriormente a reduções no ritmo de crescimento económico com um aumento do crédito para o setor estatal, mas o subida dos níveis de endividamento levou já as agências de ‘rating’ internacionais a reduzir a nota da dívida do Governo chinês.

Os líderes chineses estão a preparar uma transição no modelo económico, com o objetivo de transformar o consumo interno no principal motor de crescimento, em detrimento das exportações e investimento.

Em junho, as vendas a retalho subiram 9%, em termos homólogos, impulsionadas por um rápido aumento do consumo de produtos de alta qualidade, incluindo cosméticos e equipamento de vídeo.

O investimento em ativos fixos, como fábricas ou imobiliário, cresceu 6% na primeira metade do ano, face ao mesmo período de 2017, mas com o ritmo dos últimos três meses ficaram 1,5% abaixo da média do semestre.

As disputas comerciais com Washington ameaçam também atingir a economia chinesa.

Este mês, o Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs taxas alfandegárias de 25% sobre 34 mil milhões de dólares (29 mil milhões de euros) de importações chinesas, contra o que considera serem “táticas predatórias” por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu setor tecnológico.

A China retaliou com o aumento dos impostos sobre o mesmo valor de importações oriundas dos EUA.

Trump ameaçou impor mais taxas alfandegárias, de 10%, sobre um total de 200 mil milhões de dólares de produtos chineses e, caso Pequim volte a retaliar e recuse aceder às exigências norte-americanas, subirá para 500 mil milhões, cerca da totalidade das importações norte-americanas oriundas do país asiático.

Analistas preveem que aquelas medidas, case se concretizem, levariam a um abrandamento de mais de 0,3% no ritmo de crescimento da economia chinesa.

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