"Há diversos investidores potenciais que já revelaram interesse em participar no capital do Montepio. Vamos ver o que é que os acionistas decidem, portanto, isso não é da nossa competência, obviamente. Estamos só a acompanhar o banco", revelou aos jornalistas a responsável, à margem de uma audição parlamentar.
E reforçou: "Posso garantir que, potencialmente, fomos contactados por mais [investidores, além da Santa Casa]. Em termos de informação apenas, que é a única competência que temos. Mas isso é um assunto que nos extravasa completamente".
Questionada sobre se as entidades que mostraram interesse no Montepio são só portuguesas ou também estrangeiras, Elisa Ferreira vincou que "no mercado único europeu essa questão não se coloca".
"Dito isso, o que eu posso dizer é que as nossas competências são sobre o banco e que, de facto, o banco está a seguir uma trajetória de estabilização e esperamos que ela tenha sucesso", sublinhou.
A administradora do Banco de Portugal, responsável pelo pelouro da supervisão bancária, não quis avançar com os prazos previstos para a conclusão deste processo, ainda que tenha referido que é esperado que a entrada de um ou mais novos acionistas no Montepio ocorra a curto prazo.
"É mau estar a antecipar prazos que nós não controlamos", lançou Elisa Ferreira, no final da sua audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), no âmbito da sua promoção a vice-governadora do banco central português.
"Estamos a acompanhar o processo, estamos todos os dias em contacto a verificar o que é que se passa com o Montepio. Está um processo em curso e, neste momento, já há condições para se materializar a entrada de um novo acionista", realçou.
Segundo Elisa Ferreira, "começam a concretizar-se [as condições para o reforço acionista do Montepio]. Faltam pequeninos detalhes, mas o essencial - que era a transformação em sociedade anónima - está feita".
E rematou: "Nós estamos a trabalhar com o Montepio em permanência e penso que a breve prazo a situação ficará totalmente reforçada, robustecida, para uma longa vida do Montepio. É isso que eu espero que aconteça".
Antes, perante os deputados e em referência à estabilização em curso do sistema bancário português, Elisa Ferreira tinha abordado a questão do Montepio, dizendo que "falta estabilizar um banco, que não é sistémico mas é prioritário, que é a Caixa Económica Montepio Geral".
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