A última vez que a zona euro registara um défice nas trocas comerciais externas havia sido há oito anos, em janeiro de 2014, aponta o gabinete oficial de estatísticas da UE, que, para o conjunto dos 27 Estados-membros, estima que o défice tenha atingido em novembro os 8,3 mil milhões de euros.
Relativamente à zona euro, o Eurostat aponta que as exportações de bens do espaço da moeda única para o resto do mundo atingiram os 225,1 mil milhões de euros em novembro, uma subida de 14,4% na comparação homóloga, com novembro de 2020, mas as importações aumentaram ainda mais, 32%, de 171,7 mil milhões de euros para os 196,7 mil milhões.
Segundo o Eurostat, este aumento deve-se “principalmente ao aumento do valor das importações de energia”, que levou a que zona euro tenha, então, registado um défice comercial externo de 1,5 mil milhões de euros, em contraste com um excedente de 25 mil milhões de euros registado um ano antes.
No conjunto da UE, o défice comercial externo estimado de 8,3 mil milhões de euros em novembro de 2021 também representa um forte contraste com o excedente comercial de 24,5 mil milhões de euros um ano antes.
De acordo com os dados do Eurostat, todos os Estados-membros da UE registaram um aumento das importações de bens de fora da União em novembro de 2021 face a novembro de 2020, tendo Portugal registado a terceiro subida mais vincada, na ordem dos 80%, apenas atrás de Malta (131%) e Grécia (116%).
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