“Estamos decididos a retirar da agenda da nação o problema dos preços exorbitantes e a carestia”, disse Erdogan ao comparecer perante as câmaras de televisão após a primeira reunião do seu novo gabinete, que inclui uma equipa quase totalmente renovada.
“A inflação já desceu abaixo dos 40%. À semelhança do que já conseguimos ao baixá-la para números de um só dígito, vamos consegui-lo de novo”, disse, numa aparente alusão aos programas de saneamento económico aplicados nos primeiros anos deste século, quando o seu partido chegou ao poder.
Entre 2004 e 2017, a inflação na Turquia foi inferior a 10% e manteve-se abaixo dos 20% entre esse ano e dezembro de 2021, quando começou a disparar para superar os 80% no verão passado, apesar de ter retrocedido para os 39%, segundo os números oficiais.
Erdogan atribuiu a pasta das Finanças ao economista ortodoxo Mehmet Simsek, que ocupou o cargo entre 2009 e 2015, que é um nome reconhecido pelos mercados internacionais.
Na segunda volta das eleições presidenciais, que decorreram em 28 de maio, Erdogan garantiu o terceiro mandato consecutivo com 52% dos votos expressos, contra os 48% registados pelo seu rival Kemal Kiliçdaroglu, apoiado por uma frente heterogénea de forças da oposição.
Na primeira volta do escrutínio presidencial, em 14 de maio, Erdogan foi pela primeira vez forçado a uma segunda volta após não conseguir ultrapassar os 50% de votos expressos.
Nas eleições legislativas, que decorreram em simultâneo, a aliança liderada pelo seu Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no poder desde 2003) voltou a garantir maioria absoluta no parlamento.
A Embaixada turca em Lisboa indicou hoje à Lusa os resultados da segunda volta presidencial entre a comunidade turca residente em Portugal, cerca de 1.500 eleitores inscritos que este ano votaram pela primeira vez naquela representação diplomática.
De acordo com a contagem, Kemal Kiliçdaroglu obteve 94,89% dos votos, contra 5,11% para Recep Tayyip Erdogan.
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