“Estamos convencidos de que são duas medidas que vão obrigar a dobrar a curva da inflação”, afirmou Pedro Sánchez, que acrescentou que Espanha levará a proposta a Bruxelas em setembro, sem dar mais detalhes.

O primeiro-ministro de Espanha anunciou ainda um pacote de “medidas urgentes” para aumentar a eficiência e poupança de energia, que será aprovado na segunda-feira num Conselho de Ministros extraordinário, depois de um acordo alcançado esta semana pelos países da União Europeia para reduzir o consumo de gás durante o inverno.

Sánchez afirmou que perante as consequências da guerra na Ucrânia, que agravou a escalada de preços, a ameaça russa de corte de gás à Europa e as alterações climáticas, “todos têm de colaborar” na poupança do consumo de energia e adiantou apenas que as medidas que serão aprovadas e conhecidas na segunda-feira são “positivas para a carteira” dos espanhóis e para a competitividade das empresas.

“Basta passear por um centro comercial para perceber que a temperatura está talvez demasiado baixa”, afirmou, sem querer adiantar mais sobre as medidas com que Espanha vai avançar na segunda-feira.

O primeiro-ministro espanhol apresentou-se sem gravata nesta conferência de imprensa em Madrid, de balanço da governação nos primeiros seis meses do ano, e apelou para que setor público e privado sigam este exemplo, que ajuda a diminuir o consumo de energia nos edifícios durante o verão, por causa do ar condicionado.

A inflação em Espanha atingiu em julho o valor mais alto em 38 anos, por os preços terem aumentado 10,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo uma estimativa do instituto nacional de estatística espanhol