Depois de várias videoconferências celebradas num formato alargado aos países que não têm a moeda única, para discutir as respostas de emergência às consequências socioeconómicas da covid-19, os ministros das Finanças da zona euro voltam a reunir-se, ainda por videoconferência, no formato regular, a 19, com diversos pontos em agenda.
Entre eles está a apresentação das conclusões da 11.ª missão de vigilância pós-programa realizada pela Comissão Europeia e Banco Central Europeu a Portugal, há já três meses.
Depois de terem chegado a um acordo, em 09 de abril passado, sobre um pacote de emergência num montante total de 540 mil milhões de euros para fazer face à crise provocada pela pandemia, entretanto aprovado pelo Conselho Europeu, o Eurogrupo tenciona na sexta-feira definir os termos exatos de uma das ‘redes de segurança’ adotadas, a linha de crédito do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) para apoiar os Estados, o chamado instrumento de apoio à crise pandémica.
Em concreto, o fórum informal de ministros das Finanças da área do euro vai procurar definir os critérios de elegibilidade para recorrer a este instrumento do MME, através da quais os Estados-membros podem requerer até 2% do respetivo PIB para despesas direta ou indiretamente relacionadas com cuidados de saúde, tratamentos e prevenção da covid-19.
O objetivo é que esta linha de crédito esteja operacional já em 01 de junho, tal como solicitaram os chefes de Estado e de Governo na última cimeira, recorda o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter a dar conta da agenda de trabalhos para sexta-feira.
Os ministros irão também discutir os planos de relançamento da economia europeia no pós-pandemia, mas numa altura em que se aguarda ainda a apresentação da proposta, por parte da Comissão, do futuro fundo de recuperação, assim como a proposta revista do Quadro Financeiro Plurianual da União para 2021-2027.
As discussões de sexta-feira serão realizadas já à luz das primeiras projeções de Bruxelas sobre o impacto da pandemia da covid-19 na economia europeia, divulgadas na quarta-feira, e que antecipam para este ano uma contração sem precedentes na zona euro, de 7,7% do Produto Interno Bruto, muito acima daquela verificada no auge da crise financeira (4,5% em 2009).
A videoconferência é dirigida desde Lisboa pelo presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, e tem início agendado para as 14:00 locais, 15:00 de Bruxelas.
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