De acordo com o Banco de Portugal (BdP), esta evolução reflete a diminuição de 815 milhões de euros do défice da balança de bens, devido a um aumento das exportações superior ao das importações, assim como o aumento do excedente da balança de serviços, de 2.113 milhões de euros, justificado, sobretudo, com a evolução do saldo de viagens e turismo (1.670 milhões de euros) e dos serviços de transporte (252 milhões de euros).

Já o défice da balança de rendimento primário diminuiu 1.289 milhões de euros, na sequência de uma maior atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios, enquanto o excedente da balança de rendimento secundário aumentou 154 milhões de euros, sobretudo devido a uma menor contribuição financeira de Portugal para o orçamento da União Europeia.

Quanto à balança de capital, viu o respetivo excedente recuar 139 milhões de euros, explicada em grande parte pela evolução das operações de compra e venda de ativos intangíveis ao exterior, nomeadamente licenças de dióxido de carbono (CO2) e passes de atletas, diz o Banco de Portugal.

Ainda até novembro, a capacidade de financiamento da economia portuguesa levou a um saldo da balança financeira de 9.561 milhões de euros, contra 5.913 milhões de euros de um ano antes.

Este saldo refletiu o aumento dos ativos financeiros sobre o exterior de 23.359 milhões de euros e dos passivos externos de 13.798 milhões de euros.

De acordo com o banco central, todos os setores da economia contribuíram para a variação positiva dos ativos líquidos de Portugal perante o resto do mundo, à exceção das empresas não financeiras e das administrações públicas.

Considerando apenas o mês de novembro, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 416 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 64 milhões de euros face ao mesmo mês de 2023.